Estudos indicam que atividades mais intensas são três vezes mais eficientes do que uma caminhada e 14 vezes mais do que ações cotidianas, como descer e subir escadas
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston (EUA) descobriram que exercícios intensos são mais positivos para o condicionamento físico e a boa forma do que atividades físicas leves. O estudo contou com cerca de dois mil participantes e foi considerado a maior pesquisa já feita para entender a relação entre os diferentes tipos de treino e seus resultados para o corpo humano.
O levantamento foi divulgado no European Heart Journal, publicação médica de cardiologia da Universidade de Oxford (Reino Unido), e revelou que as atividades consideradas mais intensas são três vez mais eficientes para melhorar a boa forma e o funcionamento musculoesquelético e metabólico do que uma caminhada e 14 vezes mais do que ações consideradas simples para diminuir o sedentarismo, como subir e descer escadas e se levantar para trocar o canal da televisão.
Embora pareça óbvia essa conclusão, a equipe de pesquisadores comandados pelo professor Matthew Nayor observou uma série de detalhes mais aprofundados sobre o tema. Foi descoberto, por exemplo, que os participantes com altos índices de atividade num momento inicial e níveis mais baixos cerca de oito anos depois obtiveram condicionamento equivalente, sugerindo um possível “efeito memória” do corpo humano.
Além disso, pessoas que dão mais passos diariamente do que a média e praticam atividades mais intensas, mesmo que por um curto período, possuem melhor condicionamento físico e boa forma, independentemente do tempo em que passaram sentadas. Isso mostra que seria possível compensar os malefícios do sedentarismo com o aumento de exercícios em outros momentos do dia.
Mas, afinal, o que é um exercício intenso?
O estudo teve como base definições estabelecidas em outros artigos, que classificam como exercício leve dar entre 60 e 99 passos por minuto; um exercício moderado, andar entre 100 e 129 passos a cada 60 segundos; e intenso, acima de 130 passos por minuto. No entanto, para pessoas mais jovens, a velocidade talvez necessite ser maior.
Musculação pode emagrecer tanto quanto exercício aeróbico
Outro tema que gera bastante debate quanto à prática de atividades físicas é a capacidade de emagrecimento da musculação. Um levantamento feito pela Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália) reuniu 58 publicações científicas sobre treinamento de resistência e concluiu que praticantes de modalidades que visam ao crescimento muscular têm em média a mesma taxa (1,4%) de perda de gordura em relação às pessoas que praticam exercícios aeróbicos, como corrida, caminhada, dança, natação, entre outros.
De acordo com especialistas, existem treinos específicos, como circuitos, cujo foco é a queima de gordura e que ajudam a acelerar o processo de emagrecimento. Porém, é importante frisar que todo e qualquer programa de exercícios deve ter um bom acompanhamento profissional, seja na academia ou em uma clínica de fisioterapia para reabilitação e prevenção de lesões.
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