Risco de mortalidade foi 50% menor em pacientes com histórico ativo de atividades físicas, quando comparados com os inativos
Segundo artigo publicado em fevereiro deste ano, no Journal of the American College of Cardiology (JACC), pelo portal do Globo Esporte, pessoas ativas possuem 50% menos risco de morte por doenças cardiovasculares. Alguns aspectos das vantagens promovidas pela atividade física em pessoas com doenças vasculares são, por exemplo, os efeitos antiateroscleróticos e anti-inflamatórios e a melhoria da função endotelial.
O artigo apresenta quatro trajetórias dos pacientes: inativo aos ativos ao longo do tempo, atividade física aumentada e atividade diminuída. O risco de mortalidade foi 50% menor nos pacientes com histórico ativo em comparação com os inativos; a mortalidade foi 45% abaixo nos que estavam inativos, mas que se tornaram ativos, comparados aos sempre inativos, e a mortalidade foi 20% abaixo nos que estavam ativos, mas se tornaram inativos, ante os inativos.
As descobertas conduzem a algumas inferências: pacientes ativos devem manter esse estilo de vida após o diagnóstico; é importante que pacientes elevem seus níveis de exercícios ao longo do tempo após o diagnóstico, independentemente das quantidades prévias; pacientes que já passaram por infarto ou angioplastia podem superar anos de inatividade e terem vantagens de sobrevida semelhantes aos que se mantiveram ativos, e os benefícios da atividade física podem ser atenuados ou perdidos caso não seja mantida.
Prática de atividade física pode causar economia de R$ 20 mi para o SUS até o ano de 2040
Ainda com relação à prática de atividade física, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no “Sumário Executivo: gastos federais atuais e futuros com os cânceres atribuíveis aos fatores de risco relacionados à alimentação, nutrição e atividades físicas no Brasil”, disponibilizado pelo portal Terra, a prática de atividade física pode causar economia de R$ 20 mi para o Sistema Único de Saúde (SUS) até o ano de 2040.
Caso um terço do país realizasse, ao menos, 150 minutos de atividade física por semana, até 2030, o SUS teria uma economia de, aproximadamente, R$ 20 milhões com procedimentos hospitalares e ambulatoriais até 2040. O resultado da análise foi divulgado dia 29 de abril. Segundo o Instituto, os gastos do SUS com cânceres que poderiam ser prevenidos com exercício físico alcançariam a marca de R$ 2,5 bilhões em 2030 e R$ 3,4 bilhões em 2040. A pesquisa considerou os pacientes oncológicos de 30 anos ou mais de idade.
A estimativa, conforme o Inca, é que entre 80% e 90% de câncer estão relacionados a motivos externos, que podem ser prevenidos. O estudo também considerou que outros fatores, além do exercício físico, podem influenciar no aparecimento de cânceres: o baixo consumo de fibras alimentares, não aleitamento materno, consumo superior ao indicado de carnes vermelha e processadas e de bebidas alcoólicas. Importante ressaltar, ainda, que atividades associadas à prática de exercício físico podem ser positivas ou potencializadoras, como uma drenagem linfática em SP.
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