Outro estudo demonstra também que aqueles que se mantiveram ativos durante a quarentena apresentaram níveis menores de ansiedade, estresse e outros problemas psicológicos
Um estudo publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health questiona: “é possível ser feliz durante a quarentena?”. A resposta pode surpreender muitos. O levantamento foi feito por meio de testes e perguntas em duas fases, uma antes do lockdown e outra depois. Resultados apontam para a efetividade de algumas estratégias de controle emocional e mostram a importância da felicidade em períodos emocionalmente difíceis.
Segundo achados da pesquisa, a atividade física é crucial para ajudar pessoas durante esses momentos. Para aqueles que praticam esportes ou outros tipos de atividades durante o período, essas conclusões não chegam como uma surpresa.
Atividade física é a chave para diminuir a ansiedade durante a pandemia
Diversos outros estudos já atestaram a eficácia das atividades físicas no controle de sintomas da ansiedade, depressão e outros problemas. Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba, em conjunto com pesquisadores do Centro Universitário de João Pessoa, da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Estadual Vale do Acaraú, conduziram um estudo comparativo transversal sobre o papel dos exercícios físicos em casa para a manutenção da saúde física e mental.
Os dados levaram os pesquisadores a concluírem que aqueles que praticam exercícios em casa durante a pandemia apresentam níveis melhores de qualidade de vida, refletindo-se em qualidade do sono e níveis menores de ansiedade e estresse.
De acordo com Bruno Teixeira, um dos pesquisadores envolvidos no levantamento, o objetivo do estudo foi comparar os hábitos e comportamentos de pessoas ativas e sedentárias durante o período de isolamento social: “o estudo foi realizado de maneira observacional, ou seja, não houve intervenção remota para incentivar ou orientar os participantes a praticarem atividades físicas”.
O pesquisador continua: “e, após avaliar os relatos dos participantes, é possível dizer que a qualidade de vida psicológica, com níveis atenuados de estresse, depressão e ansiedade, e que a qualidade de sono, mais eficiente e reparadora, representam bons indicativos para apontar que os indivíduos que se mantiveram ativos durante o isolamento social estão mais saudáveis nos aspectos físicos e mentais do que aqueles se mantiveram inativos fisicamente”.
essoas tenham aumentado sua carga de exercícios durante a rotina doméstica, até mesmo potencializando resultados com o consumo de suplementos, os benefícios psicológicos não dependem tanto da intensidade das atividades.
Teixeira destaca que “as pessoas que se mantiveram praticando atividade física em casa pelo menos três vezes por semana relataram estar menos ansiosas, estressadas e depressivas do que as pessoas que se mantiveram fisicamente inativas”.
“Perceba que, para que isso fosse relatado, nenhuma estrutura grandiosa de academia de musculação ou a proximidade de nenhum parque exuberante, por exemplo, foram necessários. O movimento humano, dentro de casa, com certa regularidade, já foi suficiente para que benefícios psicológicos fossem encontrados. Por isso, mais importante do que o local onde a pessoa vá se exercitar, é a movimentação do corpo de fato. Afinal, mesmo realizada em casa, a atividade física se mostrou eficaz para a saúde mental das pessoas nesse período tão tortuoso que estamos vivendo”, conclui Bruno Teixeira.
O papel dos suplementos nessa tendência
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Suplementos para Fins Especiais (Abiad) determinou que 54% das casas brasileiras contam com pelo menos um integrante adepto ao consumo de suplementos.
Sua atuação pode ir muito além da construção de massa magra ou da perda de gordura. A ação de alguns suplementos pode ajudar na regeneração muscular e permitir que os treinos em casa sejam mais intensos, potencializando resultados para os seus usuários. Por essa razão, muitos suplementos também são utilizados para fins medicinais.