Eletrônicos lideram o ranking de produtos que tiveram mais fraudes
Segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Serviços de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), seis em cada 10 usuários da internet sofreram alguma fraude financeira nos últimos 12 meses no Brasil. O fenômeno é reflexo da pandemia da Covid-19, que fez crescer a quantidade de compras realizadas via e-commerce.
O número marca cerca de 16,7 milhões de brasileiros que foram prejudicados por golpes virtuais e mostra um aumento de 28% em comparação com análise feita em 2019. Além disso, algumas informações ainda são apresentadas, como: a maioria das vítimas são mulheres (51%); 48% são homens; 56% fazem parte da classe C; e 44% das classes A e B.
Informações sobre as fraudes
Em relação ao ranking das fraudes analisadas, com 41% está o ato de não receber um produto ou serviço adquirido; em seguida, a compra de um produto ou serviço que veio diferente das especificações de quem estava vendendo (41%); cartões de crédito ou débito clonados (24%); golpes por ligação, SMS, e-mail ou WhatsApp, em que a vítima é informada sobre o direito de receber um dinheiro e que, para isso, deveriam ser fornecidos dados bancários e pessoais, bem como pagamento de honorários (17%); e pagamento de cobrança falaciosa por meio de depósito, boleto falso ou adulterado (15%).
Além disso, em relação à origem das cobranças, as mais citadas vieram de lojas e empresas, com 44%; banco e financeiras, com 26%; serviços de TV por assinatura e/ou internet, com 24%; telefonia fixa e móvel, com 9%; e contas básicas, como luz (6%) e água (3%).
Sobre o local onde as compras foram feitas, 40% apontaram sites que comercializam diversos produtos (marketplaces); 28% mostraram sites de lojas específicas; e 23% realizaram os pedidos por meio de perfis de lojas em redes sociais.
Sobre os produtos não recebidos, o destaque está com os eletrônicos (30%), já presente em 2019; roupas, sapatos e acessórios (25%); cosméticos e perfumaria (14%); e eletrodomésticos (12%). O prejuízo com produtos não recebidos alcançou R$ 140, em média, e para 46% permaneceu inferior a R$ 100; 6% apontaram fraudes com produtos com valor superior a R$ 800. Importante ressaltar que já existem soluções para evitar essas ocorrências, como o quiz antifraude.
De acordo com o presidente da CNDL, José César da Costa, o ideal é que os consumidores, empresas e poder público estejam em união para um maior debate e medidas que ofereçam mais segurança para a população. Segundo Costa, a análise apresenta que a perda de documentos e o fornecimento sem aviso de dados, principalmente a partir de atualizações de cadastro, mensagens instantâneas, e-mail ou chamadas telefônicas, são alguns dos pontos que antecederam golpes e que podem ter se mostrado como a porta de entrada de criminosos.
“O processo de digitalização dos serviços financeiros é irreversível e traz consigo um grande potencial econômico. O propósito do estudo é ensejar a conscientização dos consumidores e empresários e mobilizar o debate público sobre o assunto”, aponta Costa.
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