Levantamento feito pela Mastercard aponta para a expansão do e-commerce no Brasil nos últimos meses de 2020. Lojas virtuais seguem firmes em sua trajetória de crescimento apesar da queda das vendas da Black Friday em comparação com anos anteriores
O SpendingPulse™ é um índice de rastreio de vendas promovido pela Mastercard que analisa vendas realizadas no varejo, considerando pagamento por meio de cartões de débito, crédito, dinheiro e até cheque
De acordo com esse indicador, a média de crescimento dos e-commerces (lojas virtuais) no Brasil subiu para 84,5% entre os meses de agosto e outubro. Tendo ocorrido uma disparada de 87% nas vendas só durante o mês de outubro de 2020, o volume total de vendas também superou em 10,9% a marca registrada no ano anterior.
Dentre os segmentos analisados pelo levantamento da Mastercard, pode-se destacar os mercados de automóveis, materiais de construção, itens para casa (como produtos de cama, mesa e banho), além de restaurantes.
De forma geral, os setores de supermercados, eletrodomésticos, farmácia, móveis e artigos de uso pessoal também destacaram-se dentre essas transações e contribuíram para alavancar o crescimento do mercado de varejo. Enquanto isso, setores como o de vestuário mostraram um desempenho inferior ao registrado em anos anteriores.
Dentre as regiões brasileiras que mais impulsionaram suas vendas está a região Norte, que responde por 18,8% das transações, seguido pela Nordeste (12,3%) e Sul (11,4%), que apresentaram resultados de crescimento e aceleração acima da média.
O Sudeste e o Centro-Oeste, no entanto, obtiveram destaque negativo, apresentando resultados que deixaram a desejar com índices de crescimento de 8,9% e 4,2%, respectivamente.
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Como o varejo se comportou durante a Black Friday?
De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), a última sexta-feira de novembro de 2020 alcançou bons números de conversões, tanto no e-commerce quanto no varejo tradicional, mas não superou a edição de 2019.
A Black Friday deste ano vendeu 14,5% a menos do que no ano passado, de acordo com estudo que monitora 1,5 milhão de estabelecimentos credenciados à rede de pagamentos Cielo.
Ainda que no geral o varejo tenha vendido menos, e-commerces passaram por significativo crescimento durante o período analisado, alcançando uma alta de 21,2% em comparação com o mesmo período no ano passado.
De acordo com especialistas da área, essa alta deve-se, em grande parte, à familiarização que o consumidor médio ganhou com a compra pela internet, seja em e-commerces, marketplaces ou até mesmo por meio das redes sociais. Esse cenário foi amplamente impulsionado pelas medidas de prevenção ao coronavírus, que limitaram o funcionamento de lojas físicas por todo o país.
Somente nos dias correspondentes à Black Friday, de 28 a 29 de novembro, o aumento do consumo em lojas virtuais foi de 25,7% em comparação com 2019.
Dentre os segmentos que merecem destaque está o setor de materiais para construção, que cresceu 9,9% de um ano para o outro.
Como um e-commerce pode começar a se preparar para 2021?
Ter um bom planejamento de marketing e uma sólida linha de comunicação com clientes é uma das maneiras de se preparar para alavancar as vendas das lojas virtuais em 2021.
O primeiro passo a ser tomado nessa direção é investir em uma boa plataforma de comércio eletrônico, visando que sua loja possa garantir uma experiência de compra mais completa e facilitada para o cliente.
Além disso, publicar releases também pode fazer parte da estratégia de comunicação de uma empresa que deseja se preparar para vender online durante o próximo ano, afinal, sites de notícias são veículos de comunicação que têm a finalidade de manter consumidores atualizados sobre as principais novidades do mercado.
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