Imagem de um carro com fio para se conectar à tomada desenhada no chão

Compromisso de SP na COP26 é não vender carro novo a combustão, a partir de 2035

Veículos elétricos poluem 30% menos do que um modelo à combustão por gasolina e diesel, mesmo em países que usam energia fóssil, de acordo com pesquisa do Transport & Environment, grupo ambientalista da União Europeia

São Paulo firmou compromisso, na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), de proibir vendas de novas unidades de carros à combustão, a partir do ano de 2035.

A professora do departamento de ciências atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), comemorou o compromisso ao portal CNN Brasil: “Uma excelente notícia”.

Complementa ainda que “a frota de veículos é responsável pela maior parte da emissão de poluentes e mais de 60% da emissão de gases de efeito estufa” e que “há ganhos em duas frentes: na qualidade do ar e para evitar a emissão de gases. É um passo importante”.

A alternativa para que o compromisso seja cumprido são os veículos elétricos, que não emitem gases de efeito estufa, por serem movidos a eletricidade, como carros, motos, ônibus, bicicletas e carrinhos elétricos

A professora explica:

“Tem que pensar nos veículos e ônibus, incluir elétricos na frota é muito importante”. O combustível fóssil vai acabar e é preciso buscar alternativas para a mobilidade”.

Atualmente, já há cerca de 16 milhões de carros elétricos em atividade ao redor do mundo, e 6 milhões foram comercializados apenas em 2021, conforme dados veiculados no portal CNN Brasil.

Na COP26, esse tipo de veículo foi o escolhido como principal meio no desenvolvimento da descarbonização, mesmo que ainda não seja totalmente verde.

A tendência para os próximos anos é o aumento das fontes renováveis de energia

O tipo de matriz energética de um país pode reduzir o efeito verde dos veículos elétricos, ou seja, os benefícios da mobilidade elétrica para o meio ambiente podem ser um pouco reduzidos se a matriz energética que abastece os veículos se originar da geração fóssil.

Porém, a tendência é que, nos próximos anos, haja o aumento do uso das fontes renováveis de energia, pois, na conferência, foram feitos compromissos para governos e iniciativas privadas atuarem no processo de descarbonização nos próximos 30 anos.

No Brasil, a geração de energia solar, limpa e renovável, já ocupa o segundo lugar na matriz energética. A tendência é continuar em crescimento nos próximos anos. Outras energias limpas também são prioridade do país, como a hídrica, que fica em primeiro lugar como fonte de energia.

Mesmo em outros países onde as fontes primárias de energia ainda não sejam renováveis e limpas, com a tendência de mudança para o cenário verde, os veículos elétricos são a aposta.

Conforme presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), “não importa a matriz, o carro elétrico sempre supera o convencional, pois mesmo que seja 100% suja, a emissão de CO2 equivalente no ciclo total ainda assim será 10% menor do que naquele a combustão”.

Atualmente, aproximadamente 60% de toda a energia do mundo advêm de fontes não renováveis, como o gás natural e o carvão, porém o presidente da ABVE acredita que a expansão da renovação da matriz energética está intrinsecamente relacionada com a eletrificação dos veículos.

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