Em junho de 2021, estado produzia 747,9 megawatts de energia solar
O Rio Grande do Sul (RS) deve dobrar a produção de energia solar em 2022, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, pelo portal do G1. Em junho do ano passado, o local produzia 747,9 megawatts de energia solar. Ainda na mesma época, o número avançou para 1,3 gigawatts. Até o encerramento de 2022, é possível que a geração quase dobre, alcançando próximo dos 2 gigawatts. O crescimento foi fortalecido desde a aprovação da lei federal que marcou o Marco Legal da Geração Distribuída. Pela nova lei, quem solicitar a instalação até 6 de janeiro de 2023, segue na regra atual até o ano de 2045 e recebe no retorno, como desconto de cada quilowatt gerado. Após essa data, será cobrada uma tarifa.
“Saímos da crise hídrica, de bandeiras tarifárias elevadas, então, a energia solar vem como uma solução nesse âmbito e se soma com a mudança regulatória”, justifica a coordenadora da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica no RS. No Brasil, o RS está no terceiro lugar dentre os estados que mais geram energia solar. Empresas do setor de instalação dessa tecnologia apontam uma demanda ainda mais elevada no período. Em Santa Cruz do Sul, as vendas avançaram. “A ideia é já ter um crescimento para esse ano na ordem de 70%, 75%. Estamos preparados para isso, inclusive, estocados”, salienta o diretor comercial.
Energia solar centralizada ultrapassa PCHs na matriz energética do país
Ainda sobre soluções em energia solar, segundo o Sistema de Informações de Geração (SIGA), pelo portal gov.br, com a participação das Usinas Fotovoltaicas (UFVs) Lavras 6 a 8, localizadas no município de Caucaia, estado do Ceará, a fonte de geração fotovoltaica passa às Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e se torna a quarta maior fonte de geração centralizada do país, com 5,615 GW. As informações são do Sistema de Informações de Geração (SIGA) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Segundo o SIGA, as Usina Hidrelétricas (UHE) simbolizam a maioria da capacidade instalada, com 103 GW, sendo 55,87% da matriz. Na sequência, estão as usinas termelétricas, com 45,3 GW, sendo 24,54%, e as eólicas, com 22,1 HW, representando 12%. A partir de agora, o quarto lugar é representado pelas centrais fotovoltaicas, que representam mais de 3% da matriz elétrica. Nos últimos 5 anos, o avanço da geração solar fotovoltaica é frequente, culminando nessa posição cinco anos após a instalação do primeiro parque. Até 2014, a fonte não integrava a matriz elétrica. Além disso, tais números não abarcam a geração fotovoltaica descentralizada (mini e micro geração distribuída), que, atualmente, acumula 12,2 GW, segundo informações do painel de geração distribuída da ANEEL.