mercado erótico

Pesquisa‌ ‌aponta‌ ‌que‌ ‌mercado‌ ‌erótico‌ ‌cresceu‌ ‌12%‌ ‌durante‌ ‌a‌ ‌pandemia‌ ‌

Distanciamento social foi um dos grandes responsáveis pelo aumento na procura por artigos sexuais em 2020

Maior crise sanitária das últimas décadas, a pandemia da Covid-19 impactou toda a economia global. Se, por um lado, muitos setores sofreram com o fechamento de estabelecimentos e a redução de renda, outros comemoram bastante o aumento de clientes, principalmente no comércio digital. Um deles foi o mercado erótico, que cresceu 12%, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme).

No último ano, o segmento faturou cerca de R$ 2 bilhões, sendo que mais de 90% das transações foram realizadas por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas. Somente no estágio inicial da pandemia, entre os meses de março e agosto de 2020, a venda de vibradores teve um aumento de 50%, de acordo com o portal Mercado Erótico.

No mesmo levantamento, constatou-se que aproximadamente 1 milhão de unidades de vibradores foram comercializadas em três meses no país. Além dos brinquedos eróticos, outros produtos que tiveram uma alta procura no período pandêmico foram lubrificantes, géis e cosméticos, sempre reforçando o maior interesse de mulheres nesse mercado.

Paralelamente aos artigos mais tradicionais, um item chamou a atenção de muita gente e fez sucesso na pandemia: as máscaras de proteção contra a Covid-19 personalizadas com imagens sensuais. Com expressões faciais sedutoras e conteúdos engraçados para quebrar o gelo, muitas lojas apostaram na peça mais utilizada pela população mundial durante a pandemia.

Perfil da clientela

Embora o número de empreendedores e clientes no setor seja majoritariamente feminino, a quantidade de homens que passaram a consumir artigos eróticos cresceu em 2020. Um outro estudo da Abeme, divulgado em junho do ano passado, revelou que as mulheres representam 65% do total de compradores no mercado erótico, enquanto o público masculino atende à fatia de 21,1%. Quanto às faixas etárias, os jovens de 25 a 34 anos são maioria: 51,4%.

Sex shop e pandemia

Potencializada pelo distanciamento social e os riscos de contaminação do coronavírus, a busca pelo prazer fez com que muitas pessoas, entre homens e mulheres, explorassem novas maneiras de se satisfazer sexualmente; e, segundo comerciantes do ramo, muitos consumidores deixaram a vergonha de lado na hora de comprar em sex shop.

Por conta dessa mudança de comportamento, o mercado erótico não só atraiu novos clientes solteiros que tiveram sua vida sexual diretamente afetada pela pandemia, como também casais que resolveram apimentar a relação e inovar durante uma rotina mais restritiva. Fato é que, independentemente do status de relacionamento, muita gente encontrou nos sex shops uma alternativa saudável e segura para liberar seus prazeres.

Todo esse cenário se tornou tão favorável para o setor que ao longo do último ano novas marcas surgiram no mercado erótico e já vêm ganhando seu espaço. Apesar de o momento ainda não favorecer a normalização do comércio físico, a maioria dessas lojas vem utilizando os meios digitais para apresentar seus produtos e fortalecer uma relação mais estreita com clientes, a partir do compartilhamento de conteúdos e experiências.

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