A procura por fisioterapeutas aumentou antes da pandemia, mas há um crescimento de mais de sete vezes em algumas especialidades com a aproximação do fim da pandemia da Covid-19
Segundo uma pesquisa realizada pela Catho, site de classificados de empregos, a procura por profissionais da área da saúde subiu em até 725% em relação ao ano de 2019. Dentro dessa pesquisa, foi revelado que a especialidade de maior destaque entre as buscadas pelos pacientes é a fisioterapia.
A área já vinha ganhando destaque por conta do incentivo à prevenção de problemas de saúde e do crescimento da quantidade de pessoas mais velhas no mundo. Dessa forma, a fisioterapia hospitalar é a que ganhou mais destaque no aumento das buscas, com uma subida de 725%. Logo em seguida, a fisioterapia respiratória teve uma alta de 716% no volume de procura.
No caso da Covid-19, a fisioterapia exerce o papel de ajudar a equipe médica a recuperar os pacientes. Isso pode ser feito por meio de exercícios e atividades de reabilitação após a cura da doença nos pacientes. Outros meios que visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes recém-curados são a cinesioterapia e a eletroterapia.
A fisioterapia já demonstrava um crescimento antes mesmo da pandemia, conforme menciona a coordenadora do Curso de Fisioterapia da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, Karina Timenetsky. “Antes da pandemia, havia um aumento na demanda considerando o envelhecimento da população. Na busca por prevenção ou promoção de saúde.”
Karina também acredita que, após o período pandêmico, os profissionais continuarão a ser procurados com intensidade. “Mesmo após a pandemia, ainda teremos um crescimento da profissão.”
O posicionamento da coordenadora é que o trabalho do fisioterapeuta pode ser utilizado em diversos segmentos da saúde. “O fisioterapeuta pode atender diversas áreas, desde a clínica, onde entra a esportiva, ortopedia, neurologia, cardiorrespiratória e uroginecologia, até o que as pessoas menos conhecem, como o atendimento de saúde da família dentro do SUS”, declara.
Segundo um estudo realizado pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cerca de 41% dos brasileiros sentem dor na coluna, sendo que antes da pandemia esse número era de 18,5%. Dessa forma, há uma procura por fisioterapeutas na área da saúde do trabalhador, com a prevenção de lesões relacionadas ao trabalho e com melhorias feitas em aspectos ergonômicos do local.
Segundo Deborah Malta, coordenadora do estudo, o sedentarismo e a diminuição da prática de exercícios físicos são fatores que motivaram o aumento da porcentagem de pessoas com esse tipo de dor. Segundo ela, o crescimento dos níveis de estresse também foi determinante. “Um componente importante no estresse tem a ver com a tensão de toda a coluna.”
A busca pelo tratamento pode ser feita por meio de profissionais autônomos, em hospitais públicos e privados ou em uma clínica de fisioterapia SP. Esse tipo de clínica pode contar com diferentes especialidades da fisioterapia e com um trabalho focado em prevenção de lesões, reabilitação e outras técnicas.
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