Doença é mais frequente entre a população idosa com mais de 65 anos de idade
Segundo análise publicada no começo do mês na revista Arthritis & Rheumatology, do Colégio Americano de Reumatologia, disponibilizada pelo portal G1, com informações entre 1990 e 2019, existem cerca de 12 milhões de brasileiros com osteoartrite, correspondendo a 6,3% da população adulta. Além disso, o quadro é proeminente entre idosos: após 65 anos, 85% apresentam evidência radiológica.
Em âmbito mundial, a quantidade de casos da doença aumentou 113,25% no período analisado, indo de 247,5 milhões, em 1990, para cerca de 528 milhões em 2019, impactando mais mulheres do que homens. A pesquisa teve como base dados do consórcio Global Burden Disease (Carga Global de Morbidade), que conta com 7 mil pesquisadores de mais de 150 países. A osteoartrite do joelho é o quadro com mais impacto no índice do Global Burden of Diseases, mesmo que a osteoartrite de quadril venha avançando em níveis percentuais.
“O impacto da doença é enorme, causado pelo envelhecimento da população global e pela epidemia de obesidade, que é um fenômeno mundial”, ressalta o médico e professor da Universidade de Pequim, um dos autores do estudo. “Precisamos investir na prevenção de fatores de risco, como o ganho de peso dos indivíduos e as lesões nos joelhos, que estão associadas a atividades pesadas de repetição, como levantar peso”, completa.
Estresse acelera envelhecimento e reduz longevidade
Ainda sobre saúde e qualidade de vida, o que abrange uma clínica de fisioterapia, por exemplo, segundo estudo da Universidade Yale, dos Estados Unidos, publicado na revista Translational Psychiatry, pelo portal Veja, o estresse diminui a longevidade, deixando o processo de envelhecimento mais rápido. Para a pesquisa, foi usado um relógio epigenético, o “GrimAge”.
“Cientistas, nos últimos anos, desenvolveram maneiras de medir a idade biológica rastreando mudanças químicas no DNA que ocorrem naturalmente com a idade, mas em momentos diferentes e em pessoas diferentes”, explica o geneticista e diretor-geral da Multigene. “Eles são os chamados ‘relógios epigenéticos’, que provaram ser melhores preditores de longevidade e saúde do que a idade cronológica. Esse estudo destaca uma série de maneiras pela qual o estresse acaba sendo maléfico para diminuir nossa longevidade”, complementa.
A pesquisa indica que estresse duradouro, dependência química, transtornos ligados ao humor e estresse pós-traumático podem fazer com que doenças cardíacas aumentem.
“Ele [o estresse] também pode influenciar o metabolismo, acelerando distúrbios relacionados à obesidade, como diabetes. O estresse enfraquece, ainda, nossa capacidade de regular as emoções e de pensar com clareza”, salienta o diretor.
A pesquisa contou com a participação de 444 pessoas, com faixa etária entre 19 e 50 anos.