indústria

Indústria cresce 0,1% em abril, segundo pesquisa

Entre os estados com altas mais proeminentes, estão o Rio de Janeiro e Santa Catarina

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir do portal Agência Brasil, a indústria do país avançou 0,1% no mês de abril – em oito dos 15 locais analisados, foi observado um bom resultado. As altas mais proeminentes foram no Rio de Janeiro (5,9%), em Santa Catarina (3,3%) e na Bahia (3%). A produção em Pernambuco (2%), no Pará (1,9%), na Região Nordeste (1,5%) e no Rio Grande do Sul (0,5%) também cresceu acima da média nacional. O Amazonas, por sua vez, se manteve no patamar (0,1%). Em contrapartida, Mato Grosso (-4,7%), Paraná (-4,3%) e São Paulo (-2,8%) recuaram.

De acordo com a pesquisa, entre fevereiro e abril, a média móvel trimestral permaneceu positiva em 11 dos 15 locais analisados, com foco para o Pará (6,3%), Minas Gerais (3,3%), Pernambuco (3,2%), Amazonas (3,2%), Ceará (2,7%), Rio de Janeiro (2,7%) e Região Nordeste (2,5%). No acumulado do ano, foi notado recuo em 11 dos 15 locais, essencialmente, no Pará (-10,2%), no Ceará (-9%) e em Santa Catarina (-8,1%).

A indústria brasileira caiu, em 12 meses, 0,3%; e sete dos 15 locais apresentaram taxas negativas em abril deste ano. “Amazonas (de 6,5% para 1,5%), Paraná (de 5,8% para 2,1%), Santa Catarina (de 3,5% para 0,1%), Rio Grande do Sul (de 5,2% para 2%), Ceará (de -0,9% para -3,7%), Espírito Santo (de 6,4% para 3,8%), São Paulo (de 1,6% para -0,7%) e Minas Gerais (de 7% para 4,8%) mostraram as principais perdas entre março e abril de 2022, enquanto Bahia (de -8,8% para -6,9%) e Mato Grosso (de 7,1% para 8,4%) assinalaram os maiores ganhos entre os dois períodos”, revela a pesquisa. 

O analista do levantamento aponta que a alta inflação, baixa massa de rendimento, as matérias-primas mais caras e o desabastecimento de insumos justificam o pequeno crescimento de abril. “Tudo isso recai diretamente sobre a cadeia produtiva, diminuindo o ritmo da produção industrial.”

Em junho, a confiança da indústria cresce em 20 setores e cai em oito

Ainda sobre o setor industrial, que inclui uma linha de pintura líquida, segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) – resultados setoriais de junho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a partir do Portal da Indústria, a confiança cresceu em 20 setores, caiu em oito e ficou estável em um. O indicador cresceu nos setores como um todo, regiões do país e portes (pequenas, médias e grandes empresas) ante maio. Para a pesquisa, foram consultadas 2.191 empresas – 867 de pequeno porte, 798 de médio e 526 de grande – entre os dias 1º e 9 de junho.

Entre os setores que possuem mais confiança, estão: produtos diversos; calçados e suas partes; impressão e reprodução de gravações; confecção de artigos do vestuário e acessórios; e extração de minerais não metálicos. Neles, o ICEI se encontra acima de 60 pontos, podendo variar de 0 a 100, com linha de corte em 50 pontos. Quanto mais acima da linha, mais elevada é a confiança. Em oito setores, a confiança caiu, essencialmente: biocombustíveis (-2,3 pontos); couro e artefatos de couro (-2,2 pontos); e obras de infraestrutura (-2,2 pontos). Apesar disso, o indicador desses setores ficou acima de 50 pontos.