Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) aponta que cursos a distância tiveram um crescimento de até 50% em 2020
A Turnitin, empresa global de tecnologia educacional, realizou uma pesquisa apontando as mudanças centrais no segmento de educação e que podem ser adotadas em 2022. Segundo o estudo, uma das tendências centrais será a melhoria dos modelos presenciais e híbridos de ensino, adequando-os com mais eficiência às necessidades dos estudantes, tanto na maneira de estudar e aprender como na avaliação. Devem ser incorporadas formas inovadoras de feedbacks, assim como a relação entre professores, instituições, estudantes e tecnologia.
Segundo o gerente de marketing da Turnitin, o educador possui função importante na orientação de um estudante no processo de aprendizagem no novo cenário. “O uso da tecnologia não é mais uma novidade, mas a forma como educadores e alunos usam e se engajam com ela, que é o ponto chave. Ao entender essa nova realidade, os educadores conseguem otimizar seus processos e utilizar as ferramentas disponíveis para melhorar o desempenho do aluno. E a nova dinâmica em sala de aula é possível por meio da tutoria aliada a esse suporte tecnológico que transforma a experiência do ensino, possibilitando que escolas e universidades trabalhem de maneira cada vez mais formativa”, diz.
Sala de aula e avaliações
Mudanças em larga escala ocorreram por conta da pandemia da Covid-19, afetando os sistemas de ensino, como os de cursos on-line. A atividade em sala de aula vai continuar se aperfeiçoando de acordo com esses modelos. “No começo da pandemia tínhamos professores replicando a aula presencial, mas em um ambiente on-line. Agora, os docentes adquiriram mais prática nessas modalidades e poderão incluir propostas de sala de aula invertida, por exemplo, com o professor dedicando mais tempo para mentoria, apresentando estudos de caso e realizando atividades entre pares”, declara o gerente de marketing da Turnitin. Em contrapartida, os desafios também são trazidos pelo ensino híbrido.
Os modelos de avaliação também se tornaram um desafio, por exemplo. “As avaliações provavelmente seguirão de forma mais frequente, permitindo um maior acompanhamento do progresso dos alunos e transformando as tarefas em momentos de aprendizagem”, afirma o gerente de marketing.
Procura por cursos EAD cresce
Estudo divulgado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) apresentou que os cursos a distância tiveram um crescimento de até 50% em 2020. Outro ponto também evidenciado foi o aumento na inadimplência e evasão escolar.
O levantamento contou com a participação de instituições de ensino superior (IES), ensino fundamental e ensino médio, ensino técnico e livres. No total, 51 instituições fizeram parte do estudo, sendo que 78,43% eram do setor privado; e 21,57%, do setor público, além da participação de grande parte dos estados do Brasil. A pesquisa aconteceu de forma on-line entre os dias 20 de março e 30 de abril de 2021.
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