Na última terça-feira (15), o Diário Oficial da União publicou um ranking com os 34 setores da economia mais afetados pela crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A lista do governo federal é encabeçada pelas atividades artísticas, enquanto a categoria de transportes fecha o pódio, com o setor aéreo em segundo lugar e os meios ferroviário e metroferroviário em terceiro.
Segundo a portaria assinada pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Da Costa, essa lista “é destinada a orientar as agências financeiras oficiais de fomento, inclusive setoriais e regionais, acerca dos setores mais impactados pela crise ocasionada pela Covid-19”.
Confira a lista completa divulgada pelo governo
- Atividades artísticas, criativas e de espetáculos;
- Transporte aéreo;
- Transporte ferroviário e metroferroviário de passageiros;
- Transporte interestadual e intermunicipal de passageiros;
- Transporte público urbano;
- Serviços de alojamento;
- Serviços de alimentação;
- Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias;
- Fabricação de calçados e de artefatos de couro;
- Comércio de veículos, peças e motocicletas;
- Tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados;
- Edição e edição integrada à impressão;
- Combustíveis e lubrificantes;
- Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores;
- Extração de petróleo e gás, inclusive as atividades de apoio;
- Confecção de artefatos do vestuário e acessório;
- Comércio de artigos usados;
- Energia elétrica, gás natural e outras utilidades;
- Fabricação de produtos têxteis;
- Educação privada;
- Organizações associativas e outros serviços pessoais;
- Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis;
- Impressão e reprodução de gravações;
- Telecomunicações;
- Aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos de propriedade intelectual;
- Metalurgia;
- Transporte de cargas (exceto ferrovias);
- Fabricação de produtos de borracha e de material plástico;
- Fabricação de máquinas e equipamentos, instalações e manutenções;
- Atividades de televisão, rádio, cinema e gravação/edição de som e imagem;
- Saúde privada;
- Fabricação de celulose, papel e produtos de papel;
- Fabricação de móveis e de produtos de indústrias diversas;
- Comércio de outros produtos em lojas especializadas.
A economia no Brasil
No mundo inteiro, a pandemia impactou o setor econômico, e por aqui não foi diferente. Os reflexos da crise foram imediatos e podem permanecer ainda por um tempo. Segundo o Banco Mundial, é prevista uma queda de 5% no PIB brasileiro, retração jamais vista entre 1901 e 2019, período em que há registro de dados.
Em entrevista ao jornal digital Nexo, em abril, o coordenador do Centro de Estudos em Macroeconomia Aplicada da FGV-SP, Emerson Marçal, afirmou que a recessão de 2020 deixará sequelas e que, provavelmente, a recuperação econômica do País será lenta. “A gente vai ficar mais uns dois anos tentando administrar o rescaldo da crise”, disse.
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