De acordo com levantamento promovido pela ClearSale, tentativas de fraude durante o final do ano de 2020 poderiam equivaler a R$ 441,5 milhões. No total, foram 390.145 transações fraudulentas no período entre 15 de novembro e 24 de dezembro de 2020. Especialistas apontam que sistemas antifraude podem ser solução para lojistas no espaço digital
O ano de 2020 foi marcado pelo expressivo crescimento do e-commerce no Brasil, registrando recordes em arrecadação e números de pedidos, por exemplo. As festas de fim de ano inauguram a época mais lucrativa para o comércio, e números de um levantamento feito pela Neotrust, em parceria com o Movimento Compre&Confie, corroboram com esse fato: entre os dias 15 de novembro e 24 de dezembro de 2020 foram movimentados R$ 21,8 bilhões no varejo virtual do Brasil.
Com o aumento das vendas, aumentaram também as tentativas de fraude. De acordo com dados divulgados pela ClearSale, houve um aumento de 26,2% nos pedidos fraudulentos. No ano de 2019, foram 309.190 transações fraudulentas durante o período analisado, englobando a Black Friday e o Natal. Enquanto isso, em 2020, esse número subiu para 390.145. Estima-se que tais transações poderiam equivaler a R$ 441,5 milhões.
Ainda de acordo com o levantamento, eletrônicos, celulares, bebidas, automotivo e ar-condicionado são as categorias que geraram o maior número de tentativas de fraude em 2020.
Sistemas antifraude: o que são e para que servem?
Um sistema antifraude nada mais é do que um mecanismo de proteção usado por lojas virtuais para proteger suas operações de transações mal-intencionadas e fraudulentas. Esses sistemas usam tecnologias de cruzamento de dados, análise de perfil financeiro e fazem uma varredura total, procurando por padrões suspeitos entre as transações de um comércio eletrônico.
A cada compra é feita uma análise cuidadosa, em que são cruzadas informações sobre o comprador. Essas informações podem conter endereço de entrega, endereço da residência, valor da compra, análise das atividades de compras passadas e mais.
Todas essas informações servem para que uma espécie de pontuação seja dada a cada comprador. Essa pontuação é chamada de score e pode ser consultada facilmente no sistema antifraude. Algumas lojas optam por soluções integradas, que descartam pedidos com scores suspeitos.
Sistemas como esses são fornecidos por empresas especializadas no ramo, como a Unitfour, empresa especializada na tecnologia Face Match e na aplicação de Quiz Antifraude. Rafael Albuquerque, CEO da Unitfour, explica o apelo do serviço: “Fornecemos uma boa base de informações, completa, atualizada e segmentada, para que as organizações possam utilizá-la para aumentar sua performance e garantir a assertividade nas ofertas de seus produtos”.
Especialistas apontam que sistemas antifraude podem diminuir as chances de que a empresa sofra com chargeback – ou seja, a devolução total do valor do pedido – além de aumentarem a confiança que os clientes têm na loja. Outro grande benefício é a criação de bancos de dados que ajudam o sistema a tomar decisões cada vez mais acertadas ao prevenir tentativas de fraude.