Indústria automotiva prevê um crescimento geral de 13,6% até o final do ano, atingindo o total de 3,4 milhões de comercializações em 12 meses
O mercado automotivo fechou o primeiro semestre de 2021 em alta. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), houve um aumento de 33% na venda de veículos em relação ao mesmo período do ano passado. Vale lembrar que, à época, o mundo vivia o auge da crise causada pela pandemia de Covid-19, que afetou diversos setores da economia.
Ao todo, foram realizados cerca de 1,15 milhão de emplacamentos nos primeiros seis meses de 2021. Apesar de os resultados ainda não se aproximarem dos números registrados anteriormente à descoberta do novo coronavírus, há uma animadora tendência de recuperação para todo o segmento de veículos nos próximos meses.
As projeções para o segundo semestre deste ano apontam um aumento geral de 13,6% em comparação com 2020, alcançando a marca de 3,4 milhões de unidades vendidas, estima a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em janeiro, a expectativa da entidade era de um salto de 16,6%. Somente automóveis e comerciais leves devem ver seus números crescerem 10,7% (atingindo o total de 2,1 milhões de vendas) em relação a uma perspectiva inicial de 15,8% no começo do ano.
Vendas de veículos em junho
Junho de 2021 fechou com um crescimento de 59,31% em comparação com o ano passado. Analisando apenas a comercialização de automóveis e comerciais leves, o último mês do primeiro semestre teve uma retração de 3,31%, enquanto o acumulado do ano viu até aqui um crescimento de 31,9% nas vendas quando comparado com os seis primeiros meses de 2020.
Já em relação a maio, o período viu uma queda de 3% na venda de veículos. De acordo com a Fenabrave, isso aconteceu devido às dificuldades na retomada produtiva, causando escassez nas concessionárias. Hoje, o estoque das lojas é um dos mais baixos já vistos: são aproximadamente 56 mil carros disponíveis, o suficiente para pouco mais de uma semana de vendas.
Apesar da lenta recuperação, a indústria automotiva mostrou evolução no primeiro semestre de 2021, atingindo a marca de 729 mil unidades produzidas no período, valor 57,5% maior do que o apresentado um ano antes, quando as fábricas chegaram a interromper suas atividades por até 60 dias. Na comparação com os primeiros seis meses de 2019, quando a pandemia ainda não era uma realidade, houve uma retração de 22% (cerca de 300 mil veículos a menos entregues pela indústria).
Vendas de usados foram maiores do que em 2019
Enquanto o mercado de veículos zero-quilômetro se mantém instável, o segmento de carros usados ganhou de vez seu espaço. Segundo relatório divulgado pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), as vendas dessa categoria de veículos no primeiro semestre de 2021 superaram a marca registrada em 2019.
Se naquele ano a média diária de comercialização de usados foi de 54,8 mil entre janeiro e junho, neste ano, o valor atingiu os 58,9 mil no mesmo período. Já em relação a 2020, os números são ainda maiores: 4,5 milhões de vendas no ano passado contra 7,3 milhões neste ano, crescimento de 62,3%. No comparativo de junho, o salto foi ainda maior: 77,7%.