Número de menores de 18 anos atendidos cresceu 54% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2020
Segundo o The Guardian, a partir do portal da Revista Crescer, a quantidade de crianças que estão com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, mais do que dobrou no Reino Unido após a pandemia da Covid-19. Foi apontado que o número de menores de 18 anos atendidos pelo National Health System (NHS) – sistema britânico de saúde pública – avançou 54% em fevereiro de 2022 em relação a fevereiro de 2020, isto é, momento anterior ao isolamento social.
Especialistas afirmam que essa taxa é só a ponta do iceberg, uma vez que crianças não estão tendo atendimento pois as famílias não buscam ajuda ou em razão de falhas no sistema. Ao todo, 420 mil crianças e jovens estão em atendimento ou na espera, sendo o número mais elevado desde 2016 (o começo dos registros).
De acordo com a diretora nacional de saúde mental do NHS da Inglaterra, a pandemia da Covid-19 abalou a saúde mental de jovens, assim como do restante do país. “Como esses números mostram, a demanda continua a disparar, com um terço a mais de crianças tratadas em fevereiro deste ano em comparação a fevereiro de 2020”, declara. A diretora acrescenta que o NHS está se ajustando para corresponder à demanda que cresce, expandindo equipes de cuidado com a saúde mental em 4.700 escolas e também faculdades. Além disso, também foi criado, pelo sistema, um serviço de suporte por telefone para crises. Tal serviço funciona todos os dias, por 24 horas, e recebe, aproximadamente, 20 mil ligações por mês.
Crianças que brincam de forma aventureira apresentam saúde mental melhor
Ainda falando sobre saúde mental, que pode ser positivamente trabalhada quando a felicidade na escola é levada a sério, por exemplo, segundo pesquisa da Universidade de Exeter, por meio do portal Boa Saúde, crianças que passam mais tempo brincando de forma aventureira desenvolvem menos sintomas de ansiedade e depressão e ficaram mais felizes no primeiro lockdown decorrente da Covid-19. O estudo questionou os pais com qual frequência os filhos têm contato com brincadeiras “emocionantes e excitantes”, em que eles podem sentir medos e incertezas.
A pesquisa, publicada na revista Child Psychiatry & Human Development, encontra-se em um cenário em que as crianças possuem menos chances de brincadeiras aventureiras fora das vistas de adultos, como subir em árvores, por exemplo. O estudo procurou testar teorias de que a brincadeira de aventura proporciona oportunidades de aprendizagem que auxiliam na construção da resiliência em crianças, contribuindo para a prevenção de problemas de saúde mental.
Confira também: 22 de maio dia do abraço