Das ocorrências de câncer de próstata, 20% são diagnosticadas somente quando já está em estágio avançado
Em março de 2020, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) realizou uma síntese das estimativas de incidência dos tipos de câncer. Segundo o INCA, são contabilizados, aproximadamente, 65.840 de novos casos de câncer na próstata em 2020, 2021 e em 2022, o equivalente a 62,95 casos a cada 100 mil pessoas de cada região.
Numa atualização de números, em novembro de 2020, o INCA informou que um dos cânceres mais comuns em habitantes com órgãos genitais masculinos, é o câncer de próstata, com 29% dos diagnósticos. Outro câncer mais comum e que ultrapassa o câncer de próstata nessa parte da população brasileira é o câncer de pele não melanoma.
Segundo o Instituto, um homem com mais de 55 anos, que tem familiares com histórico da doença e sofre com obesidade ou com excesso de peso tem uma probabilidade maior de ter câncer de próstata. Além da idade e do peso, outros fatores que influenciam o desenvolvimento de câncer de próstata são a falta de higienização adequada e a presença do vírus da imunodeficiência humana (HIV) no organismo.
Com relação à idade, além da iminência dos riscos a partir dos 55 anos, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) informou que, quando a pessoa atinge os 90 anos, a probabilidade de adquirir a hiperplasia é maior. Alguns sintomas do câncer de próstata são: sangue na urina; após ir ao banheiro, a sensação de bexiga cheia continua e há problemas ao urinar.
Com base nos dados relatados no infográfico publicado pelo Instituto do Câncer, a região Sudeste tem 63,94 casos para 100 mil habitantes; a região Nordeste; 72,35 para 100 mil habitantes; a região Sul, 62,00 para 100 mil habitantes; região Norte, 29,39 para 100 mil habitantes e a região Centro-Oeste conta com 65,29 casos a cada 100 mil habitantes.
Diagnóstico em estágio avançado
Muitas vezes, o câncer de próstata é diagnosticado somente em estágio avançado, pelo fato de não apresentar sintomas notáveis. Assim, 20% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados depois que os tumores já estão em uma fase evoluída, o que gera complicações maiores, resultando, inclusive, em óbito.
De acordo com os dados expostos pelo INCA, esse fato influenciou a taxa de mortalidade por câncer de próstata, que se tornou o segundo maior causador de óbitos por câncer no Brasil, o equivalente a cerca de 15.893 mortes de brasileiros.
Por conta da pandemia da Covid-19, a quantidade de consultas reduziu 55%, conforme a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Pessoas a partir de 40 anos pararam de ir às consultas ou interromperam o tratamento.
O tratamento contra o câncer de próstata, dependendo do estágio, pode ser feito por meio de radioterapia, quimioterapia, cirurgia ou terapia hormonal, por exemplo, muitas vezes, com o acompanhamento de algum medicamento para próstata.