No ano de 2021, o Brasil alcançou a 4ª posição no ranking de países que mais realizou investimentos em energia solar, afirma coordenador da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica
Um dos principais motivos para usar energia solar é o aumento da tarifa da conta de luz, conforme destaca o coordenador da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), ao portal CNN Brasil.
O alto custo da energia elétrica faz com que o segmento de energia solar dobre de tamanho a cada ano. Outro fator que influencia a expansão da área é que a tecnologia usada nas instalações fotovoltaicas é mais acessível economicamente, permitindo que uma quantidade mais expressiva de empresas e pessoas utilizem os sistemas fotovoltaicos.
Ainda, o coordenador ressalta que “Mais de metade dos novos sistemas são investimentos de famílias de classe C e D”, o que corrobora a ideia de maior acessibilidade da tecnologia.
Além disso, há o benefício ambiental decorrente do uso de energia limpa, que contribui para que a energia solar tenha potencial de reduzir os níveis de emissão de carbono em cerca de 21% até o ano de 2050, conforme a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena).
Isso contribui para que o planeta alcance a meta de limitar em 1,5 °C o aquecimento global, definido em 2015, no Acordo de Paris, um dos tratados mundiais cujo foco é o controle e a redução dos índices do aquecimento global.
A energia solar também auxilia em um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), elencados no Rio+30, pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2012, que trata da criação de um plano global, com ações para tornar a matriz energética mais acessível e limpa.
Ainda, os imóveis com sistemas de energia solar instalados têm mais valorização, já que oferecem vantagens energéticas aos compradores, cujos gastos serão reduzidos em relação à conta de luz, conforme aponta o portal G1.
Tudo isso fez com que o Brasil começasse a quebrar recordes dentro desse setor. Ainda em 2021, o país conseguiu superar o índice de 1 milhão de pessoas usando geração próxima de energia solar.
Os recordes continuaram a ser superados nos anos seguintes e, no início de 2023, o país obteve a marca em geração instantânea de 6.044 MW, considerado o índice mais alto já obtido pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), de acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), divulgados pelo portal CNN Brasil.
Esse volume registrado corresponde a 7,8% da demanda existente no SIN, mais do que o dobro, em comparação com o que foi gerado no mês de dezembro do ano anterior, que correspondeu a 3,6% de toda a energia gerada, também reforçando todo o crescimento do setor para a matriz elétrica do país.