Durante o terceiro trimestre de 2020 o comércio eletrônico brasileiro cresceu 85,1% em relação a 2019. No total, foram 79,2 milhões de pedidos, com 5,80 milhões de pessoas comprando em lojas online pela primeira vez.
Ainda que as medidas de flexibilização da abertura do comércio tenham se fortalecido, os consumidores ainda parecem optar pelo processo de compra online – ou pelo menos é o que indica a pesquisa realizada pela Neotrust, por meio do Movimento Compre & Confie.
De acordo com os dados divulgados pela empresa, o setor de e-commerce faturou R$ 33,4 bilhões durante o terceiro trimestre de 2020, acumulando um crescimento de 85,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No intervalo analisado, foram efetuados 79,2 milhões de pedidos, 76% a mais do que no mesmo trimestre do ano passado. Números divulgados pela empresa apontam ainda que, entre os meses de julho e setembro, 5,8 milhões de pessoas fizeram uma compra em e-commerce pela primeira vez.
E-commerce em 2020: compras e demográfico
De acordo com a segmentação feita pela empresa, nota-se que as mulheres tomam a liderança no volume de compras em lojas virtuais, totalizando 58,8% de todas as transações.
Apesar disso, homens parecem consumir mais quando efetuam uma compra online, gastando em média R$ 503,40 por compra, enquanto as mulheres gastam apenas R$ 365,50.
O grupo de consumidores que mais se destacou foi o de pessoas entre 26 e 35 anos, totalizando 33,6% das transações. Os produtos de ticket médio menores ainda são os mais procurados pelo público. O setor de moda e acessórios abarcou 20% do total de vendas, seguido por beleza, perfumaria e saúde, com 15,1%, e entretenimento, com 11,8%.
Em faturamento, o setor que mais se destacou foi o de telefonia, responsável por 21,2% do total arrecadado; eletrodomésticos e ventilação responderam a 15,4%.
O comportamento do consumidor durante 2020
O crescimento do e-commerce foi a tônica de 2020. Ainda de acordo com o relatório Neotrust Compre & Confie, o setor também faturou R$ 33 bilhões no segundo trimestre de 2020, representando um crescimento de 104,2% em relação ao mesmo período de 2019. Foram 82,8 milhões de pedidos no total.
Ao todo, 23,6 milhões de pessoas compraram ao menos um item durante os meses de abril a junho de 2020, sendo a primeira compra online para 5,7 milhões delas.
Com o crescimento do número de vendas, também foi possível observar um aumento nas tentativas de fraude, de acordo com o levantamento promovido pela ClearSale, uma das principais empresas de serviços de proteção contra fraudes que operam no País.
Durante os seis primeiros meses de 2020, foram evitadas fraudes no valor total de R$ 765 milhões, uma cifra 63,5% maior do que a observada em 2019. A região Norte responde pelo maior número de tentativas, com 3,44%, seguida pelo Nordeste (2,17%), Centro-Oeste (2,13%), Sudeste (1,25%) e Sul (0,79%).
Estratégias para que as empresas se destaquem no mercado do comércio virtual
O fato de as lojas físicas terem o seu funcionamento limitado guarda oportunidades para os mais variados segmentos do mercado do varejo online. Mas, para que todo o potencial desse canal seja aproveitado, é importante que as empresas tenham a estrutura necessária para atrair e converter clientes.
De acordo com Daniel Imamura, CEO da Consultoria Digital, uma agência de Inbound Marketing de São Paulo, uma das ferramentas disponíveis para as empresas é o Inbound Marketing. “O Inbound Marketing nada mais é do que um conjunto que visa criar um relacionamento entre a empresa e o cliente”, indica o especialista.
“Diferente do Marketing tradicional, a ideia do Inbound Marketing é atrair consumidores para o site por meio de um material rico. Vários produtos ou serviços não são comprados ou adquiridos de imediato, mas há um processo de aprendizado. E é aí que o Inbound Marketing entra”, explica Imamura.