Para a Associação de Máquinas e Equipamentos, a expectativa é de crescimento na demanda local em 10%, enquanto as exportações devem ficar estáveis
A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) apresentou em coletiva à imprensa, nesta terça-feira (29), os indicadores econômicos de dezembro com o fechamento do ano de 2018 com projeções e expectativas para 2019. Entre as projeções, o setor prevê avanço entre 5% a 6% da receita em relação ao ano passado com a manutenção do crescimento na receita total do setor, sendo estimuladas, predominantemente, pelo mercado doméstico. A Associação acredita que o avanço deve vir da demanda local, que deve crescer 10%, enquanto as exportações devem ficar estáveis.
Após cinco anos consecutivos de queda na receita do setor fabricante de máquinas e equipamentos, que levou o setor a encolher 47% no período, 2018 encerrou com crescimento de 7% em relação a 2017. De maneira geral, o crescimento observado nas vendas se deu predominantemente no mercado externo. Já relacionado ao número de pessoas empregadas, em 2018, o setor retomou o processo de contratações, após quatro anos ininterruptos de redução da mão de obra, e reempregou quase 10 mil pessoas.
Exportações
O setor registrou, em 2018, fortes oscilações nas suas exportações, mas manteve o volume de venda bem acima dos níveis observados em 2017. Assim, encerrou o ano com crescimento de 7,1%, em relação ao ano de 2017. O bom desempenho das vendas externas foi observado em quase todos os setores fabricantes de máquinas e equipamentos. O destaque ficou para o forte aumento das vendas realizadas no setor de óleo e gás, com crescimento de 43%. Quase metade das vendas de máquinas e equipamentos brasileiros (46%) tiveram como destino os Estados Unidos e a Europa.
Importações
Quanto às importações, no país, houve crescimento de 14,6% em 2018. Esse crescimento, embora relevante, representa, hoje, quase metade do resultado observado em 2013 (US$ 28,8 bi). O bom desempenho nas importações de 2018, em relação a 2017, reflete uma recuperação intensa no setor fabricante de bens de consumo e, também, a mudança nas regras do Repetro. Pelo segundo ano consecutivo, a China permaneceu como a principal origem, tanto em valores como em quantidade, representando 18,7% do total das importações realizadas.
Os investimentos produtivos, medidos pelo consumo aparente (produção – exportação + importação) de máquinas e equipamentos, após quedas consecutivas nos últimos quatro anos, registrou, em 2018, crescimento de 13,4%. Este saldo positivo é considerado, pela Abimaq, um bom indicativo de que as expectativas são de aumento mais intenso do consumo, uma vez que o cenário é de fraca recuperação da atividade econômica.