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Pesquisa mostra a importância da telemedicina durante a pandemia

O cancelamento de procedimentos não emergenciais, em decorrência da pandemia, alarma a comunidade médica. Enquanto isso, pacientes se mostram mais abertos ao atendimento remoto, mas preocupações com medidas de segurança contra o contágio se mostram fortes entre participantes da pesquisa

De acordo com estudo promovido pela Johnson & Johnson Medical Devices, em conjunto com o Instituto Ipsos, líder em inteligência de mercado, mais da metade dos brasileiros realizaram o adiamento ou cancelamento de serviços de saúde durante o período de isolamento da pandemia. O número chega a 64%. 

A pesquisa contou com respostas das populações de cinco países da América Latina, sendo eles a Argentina, o Brasil, o Chile, a Colômbia e o México. Seu principal objetivo, de acordo com as instituições envolvidas, é conscientizar pacientes a priorizarem sua saúde. 

Entre as especialidades que mais sofreram com esses cancelamentos destacam-se a odontologia e a oftalmologia, com 40% de desistência; a medicina preventiva, com 22% de desistência; e, por fim, as cirurgias eletivas, que tiveram uma taxa de 21% de desistência. 

Médicos demonstram preocupação com tal cenário. Mesmo que grande parte dos procedimentos e consultas cancelados não sejam de caráter emergencial, tratamentos de longo prazo podem ter sido prejudicados. Além disso, sem visitas regulares, médicos sofrem com a limitação de suas habilidades de diagnóstico precoce – um dos mais cruciais aspectos de um tratamento de sucesso, segundo especialistas. 

De acordo com Gustavo Scapini, gerente médico da Johnson & Johnson Medical Devices e cirurgião geral: “o impacto do atraso no diagnóstico e no tratamento dos pacientes terá reflexos importantes no sistema de saúde. Quanto mais tarde diagnosticarmos uma doença, maior a probabilidade de o paciente ter uma doença grave e maior o risco de ele desenvolver complicações mais sérias.”, conclui o especialista. 

O papel da telemedicina nesse cenário

Ainda de acordo com a mesma pesquisa, 51% dos brasileiros afirmam se sentir confortáveis de utilizar serviços de telemedicina. Enquanto isso, 8% afirmam se sentir “muito confortáveis” com a nova modalidade. 

Scapini explica: “o teleatendimento é uma ferramenta que evita o deslocamento e as aglomerações, além de ajudar na triagem dos pacientes que serão destinados aos serviços mais indicados durante o período de retomada do atendimento presencial”.

Resultados da pesquisa indicam que pacientes enxergam os benefícios de se consultar remotamente. No total, 49% das respostas destacaram a abolição de salas de espera presenciais como um benefício, sobretudo durante a pandemia. A falta de deslocamento para o ambiente da consulta também é visto como uma vantagem por 42% dos entrevistados. 

Além disso, 29% dos participantes afirmaram que a pontualidade também é um ponto positivo na telemedicina. O atendimento remoto também parece contribuir para melhorar a jornada do paciente: 74% dos brasileiros entrevistados afirmam que a comunicação médico-paciente aumentou sua confiança em realizar um procedimento. 

Os pacientes demonstram preocupação com alguns aspectos, entretanto. O principal deles, constatado em 58% das respostas, é o protocolo de combate à Covid-19 adotado pelo hospital. A criação de áreas livres do vírus (58%) e a preparação geral dos hospitais (53%) também são interesses destacados.

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