Tempo de visualização de tela deve ser controlado pelos pais
Segundo estudo publicado pelo jornal da British Contact Lens Association (BCLA), disponibilizado no portal da Revista Galileu, o uso prolongado de telas faz crescer casos de olho seco em crianças e jovens. No estudo, realizado em novembro do ano passado, os pesquisadores estudaram as taxas de piscadas espontâneas (sintoma de olho seco e hábitos de uso de tela entre 456 participantes, entre 13 e 75 anos, de uma convenção de jogos na Nova Zelândia).
Dentre os resultados do estudo, concluiu-se que o tempo de tela longo nos mais jovens estava relacionado ao comportamento de piscar e a sintomas em pacientes que possuem olho seco. Segundo a médica oftalmologista, participante da Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria (SBOP), a exposição, por muito tempo, a telas com vídeos e imagens em movimento pode prejudicar a visão, de fato. “Crianças também sofrem com os olhos secos, condição denominada síndrome pediátrica do olho seco, caracterizada pela evaporação do canal lacrimal em função de muito tempo à frente das telas e das piscadas em quantidade insuficiente”, explica a médica.
Ainda, deve existir um controle temporal rígido sobre o uso de tecnologias desse gênero. “As crianças estão passando cada vez mais tempo em ambientes fechados acompanhadas dessas telas, sempre muito próximas ao rosto. Isso faz com que os olhos focalizam apenas para perto, um mecanismo capaz de alterar o formato do globo ocular”, diz.
“Impor limites no uso de eletrônicos é sempre recomendado. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) preconiza que crianças menores de dois anos não usem tela; que aquelas com idades entre dois e cinco anos usem uma hora por dia com supervisão; que as com idades entre seis e 10 anos usem até duas horas por dia com supervisão e que, acima de 11 anos, o uso seja de até três horas por dia com supervisão”, acrescenta.
Remédios para disfunção erétil podem fazer aumentar 85% risco de doenças no olho
Ainda em relação à saúde ocular, que pode ser cuidada em óticas on-line, segundo estudo da Universidade Britânica Columbia (UBC), no Canadá, publicado na revista científica JAMA Ophthalmology, pelo portal Olhar Digital, remédios para disfunção erétil podem fazer aumentar 85% o risco de doenças no olho.
O estudo investigou informações de planos de saúde, em 213 mil homens, nos Estados Unidos, que possuíam problemas de visão um ano antes de começarem a tomar, de forma regular, remédios para disfunção erétil. Na sequência, foi investigado quantos desses participantes desenvolveram uma ou mais condições após a utilização dos medicamentos e quantos não tiveram nenhum problema. Foi constatado que o risco para descolamento da retina aumentou 2,5 vezes; para oclusão venosa da retina (OVR), 1,4 vezes e para neuropatia óptica isquêmica (NOI), 2,2 vezes.
“Essas são condições raras, e o risco individual de desenvolver uma delas permanece muito baixo para qualquer usuário. No entanto, o grande número de prescrições realizadas a cada mês nos EUA – cerca de 20 milhões – significa que um número significativo de pessoas pode ser afetado. Os usuários regulares desses medicamentos que percebem alguma alteração na visão devem levar isso a sério e procurar atendimento médico”, salienta o professor do departamento de oftalmologia e ciências visuais da Faculdade de Medicina da UBC.