Sites de ofertas duvidosas e plataformas falsas de seleção de currículos estão entre as principais ameaças aos dados pessoais, apontam especialistas
Dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que, entre 2018 e 2019, 12,1 milhões de brasileiros relataram sofrer com algum tipo de golpe financeiro pela internet. Na época, o número representava 46% de todos os internautas no país.
Mais da metade das vítimas desses golpes afirma ter perdido dinheiro. A média de prejuízo por pessoa foi de R$ 478. Instituições estimam que o prejuízo total causado por golpes do tipo pode ter chegado a R$ 1,8 bilhão em 12 meses. No total, 30% das vítimas sofreram também com a negativação de seus nomes em instituições de crédito por conta de fraudes. Uma em cada nove pessoas não conseguiu reaver nenhuma parcela da quantia perdida, ainda que mais da metade (53%) afirme ter esperanças de receber o dinheiro de volta.
Os tipos de golpes mais comuns
O não recebimento dos produtos comprados está entre as principais queixas de 52% dos participantes da pesquisa. Logo em seguida, está a compra de um produto ou serviço diferente do anunciado pelo vendedor, com 42% dos relatos. A clonagem de cartão de crédito vem em terceiro lugar, com 25% das ocorrências.
José César da Costa, presidente da CNDL, explica a situação: “muitas pessoas não tomam os cuidados necessários nas transações on-line, o que contribui para que sejam enganadas. São comuns, por exemplo, ofertas com valor muito abaixo da média praticada no mercado, o que já mostra um indício de que pode se tratar de tentativa de golpe”.
Dados apontam, ainda, que 40% daqueles que sofrem com golpes fornecem seus dados voluntariamente em sites com ofertas duvidosas ou que não contam com sistemas de segurança para evitar tais problemas. Sites de vagas de empregos falsas também merecem a atenção dos internautas, já que estão em 39% dos relatos.
Especialistas argumentam que, para se proteger de ataques como esses, é importante que consumidores estejam atentos aos sites que navegam e nunca digitem informações bancárias caso desconfiem da segurança da página. Eles também desencorajam a prática de baixar arquivos duvidosos ou abrir e-mails desconhecidos.
Como o sistema antifraude pode ajudar lojas e consumidores?
Com o aumento das compras on-line, a segurança em e-commerces tornou-se uma prioridade para muitas empresas. De acordo com dados divulgados pelo laboratório da PSafe, a quantidade de roubos de dados bancários aumentou em 43% no Brasil entre os meses de janeiro e julho de 2020. Os sistemas antifraude, portanto, surgiram como método para diminuir o risco de vazamento de informações em espaços digitais, como as lojas virtuais, tornando a navegação mais segura para a empresa e seus clientes.
Especialistas apontam que esses sistemas, como o quiz antifraude, por exemplo, podem ajudar empresas a diminuírem as taxas de chargeback, além criar um banco de dados de melhor qualidade, evitando futuras fraudes. Ferramentas do tipo também podem contribuir para a construção de uma imagem de marca mais confiável, poupando também que a empresa sofra com processos de danos morais.