De acordo com uma pesquisa publicada na The Gerontologist, as pessoas com mais idade têm mais chances de desenvolverem sintomas de depressão.
Pesquisadores da Austrália fizeram uma análise em 35 estudos feitos anteriormente com 147.148 pessoas com idade de 60 anos, tendo como objetivo avaliar a relação que há entre a perda auditiva e a depressão.
Os dados comparados entre indivíduos com a audição saudável e idosos com alguma forma de perda auditiva mostraram que 47% dessas pessoas têm tendência de apresentar estágio depressivo.
Segundo especialista do Ear Science Institute Australia, os idosos com problemas auditivos evitam frequentar ambientes festivos onde o fluxo de ruídos é maior. Isso acontece devido à dificuldade que eles têm de entender o que outras pessoas estão falando. Trata-se de uma situação que pode levá-los à solidão emocional e social.
Entenda os riscos da perda auditiva x depressão
Idosos com perda auditiva estão mais propensos a desenvolverem problemas cognitivos e apresentarem dificuldades para realizar suas atividades cotidianas.
Segundo especialistas na área, é bem provável que mudanças na fase da idade mais avançada podem estar cooperando para o surgimento de sintomas da depressão em idosos com perda auditiva.
O isolamento social é um dos fatores que mais levam os idosos com perda auditiva a desenvolverem doenças psíquicas. Por não conseguirem se comunicar, elas se refugiam em suas próprias casas, ficando mais solitárias, o que acelera ainda mais o processo de depressão e demência.
Organização Mundial da Saúde apresenta números de pessoas surdas no Brasil
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), no ano de 2015, o Brasil apresentou um registro com 28 milhões de pessoas surdas, equivalendo percentualmente a 14%, e 360 milhões de pessoas no mundo todo. A entidade também apontou que o percentual subiu para mais de 33%, considerando a população de idosos maiores de 65 anos de idade.
De acordo com os dados apresentados pela instituição, todo ano surge uma nova situação de perda auditiva, comparando com registros de 2012 relacionados à prevalência em crianças e em idosos.
De acordo uma otorrinolaringologista e otoneurologista do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, a exposição por tempo prolongado a ruídos, uso de medicamentos sem prescrição médica e diabetes são os principais fatores que podem levar à perda da audição.
A profissional alerta quanto ao uso de fones de ouvidos e músicas em ambientes recreativos com volume elevado, que pode ser prejudicial à audição. Ela ainda enfatiza a importância de procurar um otorrinolaringologista para o indivíduo ver como está a saúde dos ouvidos.
A Dra. Inesângela Canali é uma profissional especializada em otorrinolaringologia e disponibiliza tratamentos para idosos que apresentem algum tipo de perda auditiva, com a utilização de técnicas e meios para atuarem em cada caso, sendo opção de otorrino em Porto Alegre.