Segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, 21% das pessoas entrevistadas afirmaram que, em seu time de trabalho, não há ninguém do público feminino. Já 32,7% dizem não trabalhar com pessoas negras.
No caso de inclusão, pessoas indígenas, portadores de algum tipo de deficiência, transexuais e homossexuais não serão agregadas às equipes do ramo tão cedo. Metade dos trabalhadores da área afirmam que sua equipe não tem nenhum indivíduo com orientação sexual que não seja heterossexual, assim como, em 85,4% dos casos, não é mencionada uma pessoa sequer com deficiência. Por volta de 95,9% dos entrevistados afirmam que os indígenas nunca estiveram presentes nesse setor.
De acordo com a entidade, grande parte da população brasileira é composta por mulheres, sendo que 27% são declaradamente negras. Mesmo diante desses números, o mercado tecnológico é excludente e promove a baixa diversidade. No setor, não há representatividade alguma em relação a esse público.
Em contrapartida, entre os trabalhadores desse setor, os homens são a maioria, 68,3%, além de 58,3% deles serem pessoas brancas. Os dados são apontados pela pesquisa Quem Coda Brasil, levantada pela PretaLab com apoio da consultoria global de software.
Apesar de serem minoria, as mulheres têm participação cada vez maior na tecnologia
De acordo com uma pesquisa realizada por uma especialista em sociologia, a sociedade em geral descreve que ser homem e ser mulher está relacionado diretamente ao seu desenvolvimento e às suas habilidades.
Contudo, conforme a afirmação da socióloga, é natural que algumas meninas, ao longo de seu crescimento e desenvolvimento cognitivo, possam se identificar com os cursos de TI e ciências exatas, assim como qualquer outra área. Em sua pesquisa, ela notou que todas as suas entrevistadas afirmaram que escolheram a profissão por serem incentivadas por alguma pessoa mais próxima ligada à carreira, mostrando-lhes as vantagens e benefícios.
No caso dos homens, quando questionados sobre o interesse por TI, afirmaram que a preferência sempre foi tecnologia e máquinas. Para eles, é visto com naturalidade. Já no caso das mulheres, trata-se de um assunto que precisa ser dominado.
De acordo com a pesquisadora, essa questão vem de todas as gerações anteriores como um legado histórico de submissão. As feministas inglesas, por exemplo, já mostravam como sempre foi desenvolvida e fomentada uma relação entre a tecnologia e masculinidade. Na época da revolução industrial, no século XIX, o trabalho de produtividade era totalmente externo ao ambiente familiar, assim, como as mulheres eram subjugadas aos trabalhos domésticos, eram os homens que atuavam no trabalho industrial, manipulando as máquinas, construindo e as perfeiçoando.
A ligação entre tecnologia e masculinidade persiste até os dias atuais, insistindo em manter as mulheres distante de TI. Na maioria das vezes, elas sofrem bullying por parte de seus colegas e da sociedade ao optarem por profissões ligadas historicamente ao mundo masculino, como é o caso do universo de tecnologia.
Mesmo estando em menor quantidade na área, as mulheres sempre ocuparam um papel muito importante no processo do desenvolvimento tecnológico, e não se trata de algo recente, pelo contrário, elas sempre estiveram presentes no mercado da tecnologia. Exemplos são as diversas descobertas científicas, algumas dignas de prêmio nobel, feitas por mulheres. Mesmo assim, ainda são uma minoria no mercado.
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