Participação do comércio online aumentou durante o período pandêmico
A pandemia causada pelo novo coronavírus mudou os hábitos de muitos consumidores, que passaram a se inserir cada vez mais no universo digital. Com isso, o e-commerce também sofreu transformações. Conforme uma projeção da Neotrust, os reflexos provocados pelas restrições às lojas físicas farão com que o comércio eletrônico cresça 70% neste ano.
De acordo com dados levantados pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o comércio eletrônico paulista cresceu 23,8% a mais no terceiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior.
A pesquisa, realizada em parceria com a Ebit|Nielsen, também apontou que, no trimestre analisado, o segmento faturou R$ 6,87 bilhões – R$ 1,3 bilhão acima dos valores de 2019. Considerando somente os valores acumulados em 2020, o crescimento do e-commerce no estado de São Paulo é de 30,9% quando comparado ao último ano, contando com um aumento de R$ 19,9 bilhões.
Segundo a perspectiva da FecomercioSP, esses números apontam que o comércio virtual foi responsável por gerar renda e manter os negócios durante a crise provocada pela pandemia, uma vez que muitos fecharam as portas, sobrevivendo apenas com a atuação das lojas online. Além disso, a entidade prevê um avanço contínuo nos valores do quarto trimestre devido às compras de Natal e Black Friday.
Os benefícios das compras virtuais
O e-commerce carrega algumas vantagens que não são observadas no comércio físico. Os custos iniciais com as plataformas, taxas de pagamento e integrações necessárias são pequenos, fazendo com que o comércio virtual conte com um baixo custo de investimento e manutenção.
Outro fato é que, em um negócio digital, é possível alcançar consumidores de maneira mais ampla. A Internet quebra barreiras geográficas e, diferentemente do varejo convencional, o e-commerce não se limita a uma determinada região, sendo responsável por conquistar mais clientes.
Não só um maior número de pessoas é atingido nas plataformas virtuais, mas também se estabelece uma relação de proximidade com esses consumidores. No comércio online, há como acompanhar todo o trajeto de compras e, dessa forma, coletar informações importantes sobre os clientes, possibilitando o desenvolvimento de novas estratégias.
Além disso, o anonimato traz maior conforto aos clientes, sobretudo em compras de itens mais pessoais, como roupas íntimas. O hábito de comprar cuecas online, por exemplo, tem se destacado nesse período. Tanto o constrangimento com o vendedor quanto a disponibilidade de mais opções de escolha compõem esse setor. Tais produtos podem ser encontrados com facilidade em uma loja de cueca online, também gerando maior economia de tempo e dinheiro.