monitoramento de pacientes

Pesquisa analisa os impactos do home office à saúde mental em 2020

FGVSaúde e IES estudaram os impactos à saúde mental decorrentes do trabalho remoto

De acordo com estudo feito pela FIA (Fundação Instituto de Administração) que levou em consideração as respostas de 139 empresas de pequeno, médio e grande porte de todos os estados do país, o trabalho em sistema home office foi adotado por 46% dos negócios durante a pandemia do novo coronavírus. Tais dados pertencem à Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19.

Concomitantemente, a Fundação Getúlio Vargas, mais especificamente o Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde (FGVSaúde), encabeçou uma pesquisa em parceria com o IES (Institute of Employment Studies), do Reino Unido, e com apoio da empresa Sharecare para avaliar os efeitos colaterais na saúde física e mental de trabalhadores causados, possivelmente, pelo trabalho remoto.

Objetivos da pesquisa sobre sintomas ocasionados pelo home office

A pesquisa elaborada pela FGVSaúde e IES também buscou elencar algumas estratégias para estruturação de pessoas e equipes, visando melhorar o gerenciamento da situação e dos impactos trazidos pelo trabalho remoto. O home office, que, por muito tempo, foi visto como tendência para o futuro, tornou-se uma realidade antes do esperado. Visivelmente, as empresas não estavam preparadas para as consequências de adotar tal modalidade sem planejamento. A pesquisa foi feita online, no mês de junho deste ano, e recebeu 653 respostas válidas.

Sintomas físicos e de fundo emocional puderam ser observados após a incorporação do home office

Alguns sintomas físicos foram observados, como problemas musculoesqueléticos. A maioria das pessoas entrevistadas reportou frequência (pouco ou muito) maior de sintomas como dores nas costas (56%), dores no pescoço (55,4%) e dores nos ombros (50,3%).

Em relação aos sintomas de fundo emocional, os respondentes também estão sofrendo com efeitos colaterais do trabalho remoto, que fogem (pouco ou muito) do habitual. As principais reclamações giraram em torno de problemas com sono (54,8%), fadiga ocular (45,2%), estafa mental (43,5%), enxaquecas ou cefaleias (42%).

Outras condições também foram observadas com certa frequência (pouca ou muita) em relação a questões de estresse financeiro e preocupações (35,8%), ansiedade por se preocupar com membros da família (30%) e sensação de solidão e isolamento (11,5%).

Empresas devem se reestruturar para lidar com o trabalho remoto de forma mais saudável

É preciso modificar a maneira como se lida com o home office, o que pode ser um pouco desafiador para quem nunca precisou trabalhar de forma remota. Por outro lado, com a prática já adquirida durante o isolamento social, é possível questionar alguns paradigmas e modificar a forma como se realiza determinadas tarefas.

Nesse sentido, as empresas devem mudar os hábitos e buscar o replanejamento de processos de forma a tirar os obstáculos que impedem o colaborador de ter uma rotina saudável, o que também trará benefícios à empresa. O local de trabalho é onde se passa a maior parte do dia e, por isso, deve ser visto e tratado como uma segunda casa. No caso do trabalho remoto, a situação é invertida. Dessa forma, é possível olhar para o home office por um prisma mais positivo, tornando o trabalho mais produtivo, saudável, significativo para a equipe e sem sintomas nocivos para a saúde.

Empresas devem prover meios de lidar com o home office e direito a monitoramento de pacientes

Uma forma de lidar com o home office é incentivando os colaboradores a buscarem acompanhamento médico, com direito a monitoramento de pacientes, focando na humanização e no diálogo contínuo entre médico e paciente. Isso pode ser viabilizado via plataformas de vídeo, chat e agenda para reuniões.

A DM Health é uma plataforma de gestão do médico com os pacientes, trazendo um relacionamento mais direto. Trata-se de um acompanhamento que vai além da telemedicina padrão. Ao navegar pelo site, é possível conhecer mais sobre a iniciativa.

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