O agronegócio brasileiro apresentou queda de 6,3% nas exportações em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura. Além disso, o saldo da balança comercial para o mês de fevereiro foi de US$ 5,35 bilhões. As importações somaram US$ 1,06 bilhão, enquanto as vendas ficaram em US$ 6,41 milhões.
Uma das principais justificativas para tal efeito no agronegócio brasileiro está na pandemia do coronavírus, que influenciou diretamente a movimentação de cargas, especialmente em portos da China, um dos principais países afetados e o responsável pela disseminação da doença.
O “toque de recolher” imposto à China dificultou a logística. Por mais que os contêineres fossem refrigerados, o porto de Xangai estava operando abaixo da capacidade, o que fez com que as mercadorias ficassem expostas por mais tempo do que deveriam, atrapalhando as exportações brasileiras. O consumo dos chineses também foi afetado pela estagnação dos alimentos.
Agronegócio brasileiro compensará atraso causado pelo coronavírus
A projeção é de que as baixas causadas pelo COVID-19 poderão ser compensadas futuramente, quando o fluxo se normalizar, até porque, após o esvaziamento dos estoques locais, será preciso repor produtos do consumo chinês.
Mesmo com a forte incidência da pandemia, março poderá registrar bons feitos nas exportações. A Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) indicou que houve alta nas exportações de suínos e aves. Além disso, milho, algodão e soja seguem sendo os grãos mais promissores, como já haviam sido em 2019.
De toda forma, existem fatores que vão muito além do coronavírus e podem afetar diretamente o rendimento do agronegócio, como é o caso do aumento na oferta do grão da soja, e do mercado interno aquecido para o milho em 2020. Essas são as variáveis que devem ser ponderadas na hora de avaliar o desempenho das exportações.
O papel do agronegócio nas exportações totais do país ultrapassou 39%
As exportações de carnes (suína, bovina e de aves), de óleo de soja, de algodão, além de açúcar e álcool (complexo sucroalcooleiro), apresentaram desempenhos bastante favoráveis, de acordo com o governo, e a Ásia é o principal destino.
Outro fator positivo diz respeito às flutuações dos valores exportados do grão da soja e da carne, que são influenciadas pelo desequilíbrio na produção de carne suína na China, decorrente da peste suína africana que tem assolado rebanhos de porcos desde 2018.
Ásia domina destinos das exportações brasileiras
Em fevereiro, mesmo com o coronavírus, a Ásia permaneceu na primeira posição em relação às exportações do agronegócio do Brasil. Foram mais de US$ 3,10 bilhões exportados, ainda que tenha recuado 3,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
A China ainda é um dos principais destinos das exportações, sendo responsável por mais de US$ 1,9 bilhão. O total representa queda de 8,6% com relação ao mês de fevereiro de 2019 (ou menos US$ 183,4 milhões) e diminuição da participação do país, passando de 31,3% para 30,5%.
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