O Brasil conta com, aproximadamente, 600 mil novos casos de câncer por ano, sendo 15% de origem hereditária. O diagnóstico precoce, feito mediante exames preventivos, pode salvar 90 mil pessoas anualmente.
Câncer hereditário pode ser causado pela mutação do gene TP53
Quando o médico se depara com um paciente diagnosticado com câncer pouco tempo depois de já ter lidado com a doença, e na presença de histórico familiar com quadros de câncer em parentes, logo se suspeita da LFS (Síndrome de Li-Fraumeni), que é decorrente da mutação do gene TP53.
A Síndrome de Li-Fraumeni é hereditária, sendo que as pessoas detentoras da LFS enfrentam a predisposição a desenvolver diversos tipos de câncer, como no trato digestivo, sarcoma, próstata, mama, câncer cerebral etc.
Razões para a mutação
A mutação do gene TP53, que leva ao desenvolvimento da LFS, é explicada pela medicina como efeito colateral inesperado da história do Brasil. Estudiosos apontam que a mutação foi trazida por um tropeiro vindo da Europa, que se instalou no Sul do país, mais especificamente na região do Paraná.
Os descendentes desse tropeiro desenvolveram a mesma mutação, e hoje a variante se tornou uma das síndromes mais comuns da região Sul do país. Também, acredita-se que uma a cada trezentas pessoas carregam a mutação (apenas em Curitiba).
Exames preventivos salvam vidas e ajudam a combater efeitos colaterais do câncer
O famoso “check-up”, com exames preventivos (com o teste genético, mais especificamente, quando existe uma suspeita de síndrome hereditária), ajuda a prevenir, estabelecer o diagnóstico e até mesmo indicar o melhor tratamento para curar uma pessoa com câncer. Por meio da prevenção, é possível encontrar um tumor agressivo, ainda em estágio inicial, quando o paciente não sente nenhum sintoma.
Estima-se que até 65% dos cânceres em todo o mundo poderiam ser detectados mais cedo, evitando a complicação da doença, o que influencia diretamente nas taxas de cura e duração do tratamento.
Tendo isso em vista, é visível o impacto positivo dos exames de rotina na prevenção e combate do câncer.
A ostomia no tratamento do câncer
Alguns tipos de câncer no trato digestivo podem atingir a região intestinal, fazendo-se necessário o procedimento de ostomia e utilização da bolsa de colostomia. A ostomia é uma intervenção cirúrgica que visa criar um acesso ao exterior do corpo, para que o organismo consiga excretar fluídos corporais (fezes e urina).
O procedimento, que pode ter caráter provisório ou definitivo, demanda o uso de bolsa de colostomia, além de acompanhamento especial do paciente, que passa a ter direitos específicos ao ser ostomizado. O paciente ostomizado é considerado, por lei, deficiente físico, e por isso tem os mesmos direitos de um cadeirante, por exemplo.
Saiba tudo sobre ostomia e os direitos do ostomizado com ajuda da Osto+
Além de ser considerada deficiente física, a pessoa que passa pelo procedimento de ostomia possui direitos atrelados à sua condição.
Para saber esse tipo de informação, é importante contar com orientação de especialistas no assunto, como a Osto+, uma comunidade de pessoas engajadas que ajudam pacientes ostomizados ou que ainda passarão pelo procedimento.
Navegue pelo site para saber mais sobre a ostomia e os direitos do ostomizado.