Se confirmada a expectativa, faturamento terá um salto de 47% em relação às vendas de 2020 no mesmo período
Pelo segundo ano consecutivo, o Dia das Mães será comemorado em meio à pandemia da Covid-19, mas, mesmo diante desse cenário, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima bons resultados para a data, prevendo uma movimentação de R$ 12,12 bilhões no comércio varejista. Se confirmados, os números deverão representar um crescimento de 47% na comparação com os resultados obtidos em 2020 (faturamento de R$ 8,26 bilhões).
Uma das principais razões para esse quadro de otimismo se dá pela reabertura do comércio poucas semanas antes da data, que é a segunda data comemorativa mais importante do calendário para o varejo. Vale lembrar que, no ano passado, o Dia das Mães foi uma das celebrações prejudicadas pelo fechamento de lojas e serviços não essenciais durante o agravamento da pandemia. No entanto, apesar da melhora prevista para 2021, o desempenho deverá ficar ainda 2% abaixo dos R$ 12,34 bilhões faturados em 2019.
Entre os estados que mais devem faturar, São Paulo (R$ 4,46 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,13 bilhão) e o Rio de Janeiro (R$ 1,2 bilhão) deverão responder por 55,4% de todo o montante movimentado no período. Mesmo que mais da metade do faturamento se concentre em apenas três locais (curiosamente todos na região Sudeste do país), todas as unidades federativas do Brasil estão cotadas para apresentar avanços reais na comparação com 2020.
Segmentos mais cotados
Quando se fala em expectativa de vendas por setor, a categoria que se apresenta como provável líder desse ranking é a de vestuários, calçados e acessórios, com previsão de faturamento de R$ 4,09 bilhões. Em seguida, se destacam os segmentos de móveis e eletrodomésticos (R$ 2,38 bilhões) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 1,52 bilhão).
Variação de preços e ticket médio
Em seu relatório, a CNC também apresentou a variação de preços por categoria, apontando aquelas que subiram ou desceram seus valores em relação ao ano passado. Entre os 17 segmentos, apenas cinco retraíram de 2020 para 2021: bolsas (-7,6%), artigos de maquiagem (-6,3%), livros (-3,1%), roupas femininas (-2,3%) e sapatos femininos (-1,3%).
Já os ramos que trabalharão com os maiores aumentos, destacam-se televisão, som e informática (19,2%), joias e bijuterias (14,4%) e flores naturais (13,3%). Importante frisar que, no geral, a cesta de bens e serviços para o Dia das Mães deste ano possui a maior variação média de preços desde 2016. Se naquele ano houve variação de 4,7%, em 2021 a média está na casa dos 7,7%.
Quando se fala em ticket médio, o Dia das Mães de 2021 deverá ficar abaixo dos resultados de 2019 e 2020, ao menos no estado do Rio de Janeiro. A estimativa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ) para este ano é um gasto médio por pessoa de R$ 143,10 nas lojas fluminenses, com movimentação de R$ 1,2 bilhão na economia local. Já nos últimos dois anos, os tickets por consumidor foram de R$ 167,26, em 2019, e R$ 150,48, em 2020.
A mesma pesquisa do IFec-RJ também mostra que 38,2% dos consumidores não pretendem comprar nenhum presente no Dia das Mães este ano. Em 2020, o percentual foi de 44,2%, enquanto um ano antes apenas 20% das pessoas não tinham como objetivo presentear alguém na data. Do total de 2021, 57% dos entrevistados relacionaram a escolha aos desdobramentos da pandemia.
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