E-commerce

E-commerce brasileiro tem alta de 13% no 1º semestre de 2021

Fenômeno já vem sendo observado desde 2020, propiciado pela pandemia da Covid-19

De acordo com dados adiantados ao Broadcast, do índice MCC-ENET, realizado pela Neotrust Movimento Compre & Confie em conjunto com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), foi observado um crescimento de 12,05% nas vendas e de 24,15% no faturamento do e-commerce em território nacional. O índice faz referência aos seis primeiros meses de 2021. Em contrapartida, na comparação dos meses de junho e maio, foi observada uma queda de 1,02%.

Ainda sobre essa comparação mensal, o Sul apresentou crescimento de 2,88% nas vendas; Centro-Oeste mostrou queda de 0,97%; Nordeste, de 1,59%; Sudeste, de 1,69%; e Norte, de 3,43%. Em relação ao mês de maio, especificamente, deste ano, o e-commerce foi responsável por 11,9% do comércio varejista restrito (não estão inclusos veículos, peças e materiais de construção). Além disso, o e-commerce no varejo é responsável por 10,9% no acumulado dos últimos 12 meses. O dado foi apontado a partir da “Pesquisa Mensal do Comércio” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentada no dia 7 de julho.

E-commerce e as porcentagens por segmento 

Em relação aos segmentos, nos equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 43,2% das aquisições foram realizadas via comércio eletrônico. No segmento de móveis, como os de quarto infantil completo, e eletrodomésticos, 27,6% foram comprados on-line. Em relação a tecidos, vestuário e calçados, o e-commerce fez-se presente em 10,1% das compras. Ainda na sequência, 7,3% dos artigos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos, ortopédicos e médicos contaram com a presença do comércio eletrônico; outros artigos de uso doméstico e pessoal, 5,5%; hipermercados, supermercados, bebidas, fumo e produtos alimentícios, 3,4%; e, finalmente, jornais, livros, papelaria e revistas, 2,5%. 

Ainda foi apresentado que, de abril a junho deste ano, 18,5% dos brasileiros fizeram, pelo menos, uma compra on-line, sendo percebida uma alta de 1,3 pontos percentuais (p.p.) em comparação ao trimestre anterior (17,2%). No comparativo com o mesmo período do ano anterior (10,1%), foi observada uma alta de 8,4 p.p.

Alta provocada pela pandemia da Covid-19

Essa alta observada no primeiro trimestre de 2021, em relação ao e-commerce, já vem sendo notada desde o último ano. De acordo com pesquisa realizada pela Ebit | Nielsen, em conjunto com a Elo, o faturamento do comércio eletrônico apresentou alta de 47% no primeiro semestre de 2020, totalizando 38,8 bilhões de reais. 

No conjunto, 90,8 milhões de pedidos foram realizados entre janeiro e junho de 2020. O fenômeno encontra uma justificativa na pandemia da Covid-19 e o decorrente isolamento social, que causou uma elevação nas compras on-line, trazendo 7,3 milhões de novos consumidores ao comércio digital e fazendo com que ele cresça de forma nunca observada nos últimos 20 anos. O ápice aconteceu entre os dias 5 de abril e 28 de junho de 2020, quando grande parte das cidades do Brasil estavam com medidas que limitavam a circulação das pessoas. Nesse tempo, os pedidos tiveram alta de 70% no comparativo com 2019.

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