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Pesquisa indica associação entre estrutura cerebral e percepção visual

Variação na estrutura do cérebro relaciona-se à variação de comportamento visual

Segundo estudo publicado na Nature Communication, pelo portal Olhar Digital, o tamanho do córtex visual primário (ou V1) pode causar impactos na forma como as pessoas enxergam. Conforme o levantamento, além da estrutura cerebral, a quantidade de tecido dedicado à codificação de dados visuais também auxilia a mostrar quanto um indivíduo pode enxergar bem e perceber o ambiente em volta.

O Medical Xpress, que divulgou a pesquisa, salienta que, assim como as impressões digitais, as saliências e sulcos na superfície do cérebro de cada pessoa são únicos. Ou seja, considerando a nossa visão, a variação na estrutura cerebral está conectada à variação de comportamento visual, ocasionando percepções e interações distintas. 

Consoante o principal autor do estudo, o V1 exerce a função de um mapa que projeta no olho aquilo que desejamos ver. Entretanto, esse mapa pode ficar distorcido e dar ênfase a algumas imagens em detrimento de outras, por conta da individualidade. “Pense em um mapa do metrô da cidade de Nova York que faz Staten Island parecer menor que Manhattan. O mapa mantém algum grau de precisão, mas aumenta as regiões que provavelmente são de maior interesse. Da mesma forma, o V1 aumenta o centro da imagem que vemos, ou seja, onde nossos olhos estão se fixando”, diz.

Cientistas criam olho biônico, alimentado por luz solar

Ainda sobre visão, o que envolve uma ótica on-line, por exemplo, segundo pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, pelo portal Olhar Digital, foi criado um “sensor” visual esférico, semelhante ao tamanho e estrutura do olho humano. Os pesquisadores explicam que, futuramente, o olho biônico poderá ser alimentado por luz solar e utilizado para restaurar a visão. 

Esse olho possui, aproximadamente, 2 cm de diâmetro, ou seja, semelhante a um olho real, com um centro oco com um fluido condutor. Olhos humanos possuem uma estrutura parecida, preenchidos por gel transparente: o “humor vítreo”. Além disso, também há uma lente. No fundo do olho, uma retina hemisférica, composta de óxido de alumínio e “nanofios” de perovskita, material fotossensível, presente em painéis solares, produtor de sinais elétricos quando iluminado.

A líder da pesquisa explica que a responsividade do olho ao espectro luminoso visível se assemelha a um olho real, sendo que os tempos de recuperação são mais ágeis. Em contrapartida, o ângulo de visão é menor e a área sensível à luz é pequena. Apesar disso, um computador conectado ao olho captou certas letras. Porém, o aparelho ainda não foi testado em humanos e não tem garantia de resultados iguais em pacientes ou se é seguro clinicamente.