Adotado por conta das medidas de distanciamento, empresas e funcionários mostram que estarão mais abertos ao teletrabalho após a pandemia, indica estudo. Apesar disso, o trabalho remoto ainda apresenta desafios
As medidas de distanciamento instauradas durante a pandemia solidificaram uma forte tendência: a disseminação do uso de tecnologias para trabalho remoto.
Essa, certamente, não é uma novidade, mas uma pesquisa promovida pela Workana – a maior rede de freelancers do Brasil – aponta que a percepção de líderes sobre a flexibilidade do teletrabalho está cada vez mais receptiva.
De acordo com o levantamento, 16% dos gestores de empresas entrevistados afirmam que, no futuro, o principal critério de avaliação para candidatos a uma vaga será sua competência, não somente a sua localização geográfica.
Essa é uma tendência importante e marca uma mudança de paradigma para o mercado. Por vezes, candidatos podem perder boas vagas de emprego porque moram longe dos grandes centros.
Apesar de democratizar o acesso a vagas de diversos tipos, o trabalho remoto também tem a sua parcela de desafios. Problemas estruturais, como o acesso à Internet rápida e falta de um ambiente de trabalho adequado, podem ser impeditivos importantes no exercício de funções remotas.
Com um novo método de trabalho, também surgem novas necessidades por parte dos colaboradores. Dessa maneira, também é possível observar a adoção de medidas para criar um ambiente mais propício para o teletrabalho. Entre elas, destacam-se os benefícios flexíveis, como o Auxílio Home Office e o vale-refeição digital.
Pós-pandemia: qual é o panorama para empresas?
De acordo com dados levantados pela pesquisa da Workana, 24% das empresas afirmam que os espaços fixos de trabalho vão diminuir. O total de 13% delas considera que viagens a trabalho e a mobilidade para exercícios de funções serão diminuídas.
A pesquisa também mostra que a praticidade de eventos on-line também pode ter ganhado mais espaço, e promete perdurar até mesmo após o fim da pandemia. No total, 36% dos entrevistados manifestam que melhorar a conectividade é uma meta prioritária.
No total, 28,5% das empresas entrevistadas afirmaram que ofereceram equipamentos adequados para o trabalho de casa. Por outro lado, apenas 14,6% dos funcionários ouvidos afirmam que receberam tal benefício.
A falta de estrutura para desempenho das funções foi, de longe, uma das maiores reclamações manifestadas por funcionários dos mais variados segmentos do mercado. No total, apenas 4% das empresas indicaram o fomento de uma estrutura de trabalho remoto mais robusta.
De acordo com Ricardo Salem, CEO da Flash Benefícios – empresa de benefícios flexíveis –, as mudanças de paradigma são claras: “As necessidades, que já eram diversas, aumentaram. Tivemos uma mudança de comportamento. O delivery cresceu muito, os gastos com supermercado aumentaram, as despesas com mobilidade despencaram e foram compensadas por gastos na saúde, como farmácia e terapia online”.
Benefícios flexíveis, portanto, têm ganhado força entre as empresas. A Flash Benefícios, por exemplo, criou o Auxílio Home Office como uma solução voltada para o trabalho remoto. Com a solução, gestores de Recursos Humanos (RH) podem disponibilizar créditos para seus colaboradores que, então, usam-no para co00mprar materiais de escritório em parceiros selecionados e pagar contas de água, luz e Internet.