O mercado de trabalho sempre foi desafiador e competitivo. Além disso, com a pandemia, a instabilidade e a elevada taxa de desemprego, jovens entre 18 e 24 anos ocupam a maior parcela dentro desse nicho. Dessa forma, concorrer a uma vaga sem experiência parece ser impossível, mas não é.
A especialista em recolocação profissional, Ana Chauvet, ensina dicas para ingressar no mercado mesmo sem experiência.
Estudar as vagas
Segundo Chauvet, antes de mais nada, é necessário que o candidato tenha estudado a empresa em que deseja trabalhar, conhecendo sua missão, valores e objetivos, além de entender se aquela vaga ou instituição realmente está de acordo com as expectativas que tem.
“Não adianta sair disparando currículos para todas as vagas sem saber se você está dentro do perfil procurado, se aquela empresa é o que você realmente quer para um crescimento profissional e se ela está dentro dos valores que você compactua”.
Fazer currículos criativos e personalizados
A especialista também explica que enviar currículos sempre iguais não é uma estratégia interessante. Segundo ela, “disparar currículos iguais e genéricos pode ser um desperdício de tempo. Se você escrever um currículo focado em cada vaga que realmente quer concorrer, terá um sucesso maior”.
Ter autoconhecimento
Chauvet aconselha: “Destaque no currículo suas habilidades, experiências e o que aprendeu em cada uma delas. Não use respostas clichês: seja verdadeiro e autêntico. O currículo é a sua porta de entrada e, para que você tenha um destaque maior, é necessário que transpareça nele o seu real potencial”.
Surpreender
“Seja original. Surpreenda. Coloque no currículo um link para uma apresentação em vídeo, ofereça suas redes sociais e mostre um portfólio, que pode ser de trabalhos feitos na faculdade”, informa Ana.
Adicionar informações completas
Chauvet ressalta: “O currículo precisa ser claro e conter todas as informações primordiais. São elas: dados pessoais, objetivo, formação, cursos, habilidades, experiência profissional (caso tenha) e voluntariado”.
Ser profissional
A falta de profissionalismo em detalhes importantes pode descartar a pessoa da vaga almejada, como, por exemplo, o fornecimento de e-mails com apelidos ou simbolismos. Assim, a melhor opção é que o endereço eletrônico contenha nome e sobrenome. Não obstante, é necessário que o candidato tenha em mente que a empresa precisa ter facilidade em contatá-lo. Por isso, ele deve disponibilizar telefones que tenha fácil acesso, podendo, até mesmo, incluir números para recados.
Fazer cursos
A especialista indica: “Estamos na era do on-line. Faça cursos on-line e enriqueça o seu currículo demonstrando que, mesmo sem uma ocupação, você está sempre tentando se atualizar e melhorar. Mas não saia fazendo qualquer curso. Procure por especializações que irão complementar ou que serão diferenciais para aquele cargo que você deseja ocupar. Não é necessário colocar todos os cursos que você já fez no currículo, e sim, ser objetivo, informando somente os que podem te qualificar ainda mais para a vaga que está buscando”.
Complementar com informações relevantes
“O candidato pode colocar, no currículo, trabalhos informais, contanto que eles tenham tido uma frequência e estejam de acordo com a vaga que se quer conquistar. Participações em ONGs, prêmios, reconhecimentos e trabalhos voluntários também podem ser colocados e irão complementar”, recomenda.
Formação acadêmica vs. mercado de trabalho
“Quando o candidato está procurando por uma vaga no meio acadêmico, ele pode dar mais destaque à sua formação profissional. Já para o mercado de trabalho, as experiências profissionais são mais valorizadas. Para quem não tem tal experiência, deve-se valorizar ainda mais as qualificações que possui”, informa Chauvet.
Chauvet alerta que “o mesmo cuidado que o candidato deve ter em suas redes sociais, se colocadas no currículo, deve estar presente no WhatsApp, quando ele é o número fornecido à empresa. Cuidado com a foto e com as citações usadas no status: tudo será avaliado pelo recrutador”.
Utilizar truques de mestre
“Currículos não podem ter milhões de páginas; devem ser salvos em PDF. Cartas de apresentação podem ser um diferencial, assim como cartas de recomendações (que, para quem não tem experiência, podem ser feita por um professor, por exemplo). Networking é fundamental e pode ser feito por meio de redes sociais como o LinkedIn”, orienta Ana.
Para quem tem interesse em conhecer mais sobre o trabalho de Ana Chauvet, a especialista indica entrar em contato por meio de seu Instagram – @ana_chauvet – ou pelo e-mail: ana@anachauvet.com.