Em um ano, cerca de 60 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. A evolução do tratamento contra a doença teve um desenvolvimento significativo na última década, mesmo assim, enfrentar o trauma da cirurgia não é fácil, principalmente por ser uma parte do corpo que está diretamente ligada à feminilidade. Assim, isso acaba gerando muita tristeza nas pacientes.
Pensando em diminuir os prejuízos à saúde e reparar as formas do corpo das pacientes que realizam a mastectomia (cirurgia de retirada total da mama), foi aprovada pelo Governo Federal a Lei de reconstrução dos dois seios da mulher.
A Lei n° 13.770 foi aprovada no final de 2018 e publicada no dia 20 de dezembro do mesmo ano no Diário Oficial da União, garantindo a cirurgia plástica reconstrutiva da mama para as mulheres que tiveram os seus seios retirados decorrente do tratamento de câncer. O texto da lei descreve que os procedimentos de simetria da mama e de reconstrução passaram a fazer parte integrante da cirurgia plástica.
De acordo com a lei, se existirem condições técnicas, a reconstrução da mama poderá ser realizada imediatamente. Caso o procedimento não possa acontecer, a paciente deverá ser encaminhada para um acompanhamento e terá uma garantia da realização da cirurgia depois de alcançar as exigências clínicas.
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Reconstrução mamária
A reconstrução mamária trata-se de uma cirurgia com o objetivo de dar uma nova mama às mulheres mastectomizadas. O procedimento leva em consideração o formato, o tamanho e a aparência das mamas, de forma a melhorar a autoestima, confiança e proporcionar maior qualidade de vida à mulher.
A cirurgia vai conceder à paciente uma nova mama, ou então buscar a simetria dos seios e tamanhos parecidos, se, por acaso, apenas uma mama tenha sido removida, por exemplo. Atualmente existem dois tipos de reconstrução mamária, são elas:
- Implante: é colocado um implante de silicone debaixo da pele, simulando a forma natural da mama.
- Retalho abdominal: nesse tipo de reconstrução, a pele e a gordura da região abdominal é retirada para usar na região dos seios e reconstruí-los. Dependendo do caso, também podem ser usadas as peles das pernas ou das costas, caso a pele da área abdominal seja insuficiente.
O tipo de reconstrução a ser feita deverá ser analisada juntamente com o médico, avaliando qual é a melhor opção. Ela também é escolhida com base nos objetivos da mulher, no tipo de mastectomia feita e nos tratamentos para câncer já realizados anteriormente. Para que a cirurgia seja feita, é muito importante que a paciente já esteja preparada psicologicamente, para que tudo corra bem, e que as exigências técnicas estejam de acordo.
Mas, antes que essa cirurgia se torne necessária, pensar nas formas de se prevenir é fundamental, como realizar exames periódicos. Dessa forma, a doença, caso se manifeste, pode ser diagnosticada em seu estágio inicial. Assim, a paciente terá mais chances de realizar um tratamento menos invasivo e doloroso.
Busque estar informado, e previna-se contra o câncer de mama
O Doutor Guilherme Novita Garcia é um renomado mastologista, especializado em câncer de mama. Ele conta com diversos projetos que têm por finalidade conscientizar pessoas sobre o câncer, e principalmente informar sobre a importância da prevenção e os possíveis tratamentos para essa doença que vem afetando grande parte da população.