O Ministério da Agricultura e Abastecimento divulgou que, de acordo com os dados do Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), o mercado brasileiro de orgânicos obteve no ano de 2018 um faturamento de R$4 bilhões, percentual 20% superior ao que foi alcançado em 2017.
Segundo a entidade, o Brasil é visto no levantamento como líder do mercado orgânico da América Latina. Isso levando em consideração o tamanho da terra utilizada para a agricultura orgânica, o Brasil ocupa a terceira posição na América Latina, atrás da Argentina e do Uruguai, e em 12º lugar mundialmente.
A entidade afirma que, na América Latina, a produção avança por oito milhões de hectares, relacionado a 11% da região mundial direcionada aos orgânicos. Quanto à extensão de terra, o país teve um crescimento acima de 2.014 hectares em um período de dez anos, alcançando, em 2017, 1,1 milhão de hectares.
O mercado global como um todo
A Federação Internacional de Movimentos da Agricultura Orgânica (IFOAM) apontou que o mercado global de orgânicos, mediante controle dos Estados Unidos, Alemanha, França e China, teve um movimento recorde de US$97 bilhões no ano de 2017.
Segundo a Federação, há uma média de 3 milhões de produtores orgânicos em um mundo de 181 países. A agricultura orgânica teve avanço em todas as nações, alcançando área recorde, a qual conta com um total de 70 milhões de hectares.
De acordo com fazendeiros, as pessoas, em meados de 1998, não tinham conhecimento do que era algo orgânico. Atualmente, houve uma boa melhora com a ajuda do Ministério da Agricultura, que contribui, por meio das campanhas, com eventos realizados na semana do orgânico para mostrar ao cliente o que seria esse produto.
A preferência dos brasileiros por esse tipo de produto está relacionada à obtenção de uma saúde melhor, especialmente por pessoas com 55 anos ou mais.
De acordo com a Organis, a quantidade de consumo de orgânicos no país é de 15%. As regiões do Sul e do Centro-Oeste são as que mais fazem uso desse tipo de produto, já o Sudeste registrou um percentual menor, com 10%. Os dados são resultados de uma pesquisa realizada em 2017, sendo o único levantamento feito voltado para a percepção do consumo de orgânicos no Brasil.
Os estudos mostram que as verduras ocupam lugar de liderança entre os alimentos orgânicos de mais consumo no Brasil. Os dados mostram que o destaque ficou para a alface, rúcula e brócolis, e, também, mostra que os consumidores têm preferência pelos legumes, frutas, como banana e maçã, e, no caso dos cereais, o arroz.
Segundo a instituição, 60% dos consumidores fazem as compras dos orgânicos nos supermercados, 26% preferem se deslocar até as feiras, 4% vão aos comércios de produtos naturais, já 3% buscam seus alimentos com os produtores rurais.
Enquanto 40% afirma que os valores representam o principal impedimento para o baixo acesso aos orgânicos, 84% mostra-se intencionado em aumentar o consumo do produto.
Conforme os dados apresentados, fica claro que hoje as pessoas estão buscando novas alternativas de alimentação. Sendo assim, é primordial que os proprietários de restaurantes se adaptem a essa nova tendência, inclusive deixando claro essa opção em seus cardápios.
Além de se ajustarem às novas alternativas, é preciso, principalmente, estarem preparados e buscarem ofertar sempre o melhor serviço a todos os seus clientes, seja por meio de food trucks, lanchonetes, restaurantes ou pontos informais. Essa melhoria pode começar por meio de um excelente cardápio.
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