Pesquisa mostra que vendas no e-commerce brasileiro cresceu 154% na semana do Natal

Após registrar faturamento recorde, mercado mostra otimismo em relação ao setor para 2021

A crise financeira causada pela pandemia de covid-19 não foi um empecilho para que o consumidor brasileiro fizesse as tradicionais compras de fim de ano. Com números consideráveis, o e-commerce nacional registrou, em 2020, mais que o dobro de vendas na semana do Natal do que no mesmo período em 2019. Segundo levantamento da Mastercard SpendingPulse, as compras virtuais cresceram por volta de 154% no período analisado.

A empresa, que mede os gastos em transações no varejo por todos os tipos de pagamento, revelou ainda que setores que mais se destacaram foram os de drogarias, com aumento de 213,1% nas vendas; móveis, registrando alta de 137%; e eletrônicos, que registrou 136,1% a mais de comercializações de produtos no Natal.

Para efeito de comparação, enquanto as lojas virtuais tiveram um grande salto em vendas, o varejo tradicional cresceu cerca de 10,8% no mesmo intervalo de tempo. Mais uma vez, os setores de móveis e eletrônicos puxaram essa evolução, com uma expansão de 14,3%. Logo atrás, vieram os artigos de uso pessoal e doméstico, como itens esportivos, joalheria e brinquedos, com alta de 10,9%.

Mas não foi somente na semana do Natal que o e-commerce brasileiro teve alta significativa. Todo o mês de dezembro registrou números recordes para o período. Somente entre os dias 10 e 24 do último mês do ano, o setor de vendas online faturou R$ 3,8 bilhões, valor por volta de 44,6% maior do que um ano antes, segundo dados de uma pesquisa da Ebit | Nielsen.

Esse mesmo estudo mostrou também que, em 2020, os consumidores abriram mais o bolso: o gasto médio por presente no Natal saltou de R$ 408 para R$ 462 em um ano. Paralelamente, o número de pedidos em lojas online também cresceu: dos 6,4 milhões em 2019 para os 8,1 milhões no último ano, são 27,5% a mais.

Otimismo para 2021

Não restam dúvidas de que as consequências da pandemia interferiram diretamente no crescimento do e-commerce. De acordo com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), a expansão de vendas online em 2020 no país superou, em apenas um semestre, as projeções feitas para os próximos seis anos. Para este ano, as expectativas apontam um crescimento de 26% no faturamento, totalizando R$ 110 bilhões.

Esses resultados podem, no entanto, sofrer limitações devido à retomada mais lenta da economia global, às projeções de aumento da taxa básica de juros e ao aumento da inflação. Segundo o Banco Central, é esperado pelos principais agentes do mercado financeiro um aumento de 3% na atividade econômica. Em 2020, a queda foi de 5%.

As vantagens de comprar cueca online

Se, por um lado, o isolamento social contribuiu para o aumento das vendas na internet, essa modalidade de comércio também ganhou destaque pela facilidade que o consumidor tem em encontrar os produtos que deseja. No caso de roupas íntimas, a busca por lojas de cueca online ganhou grande apelo devido à comodidade do cliente e à menor exposição ao contato físico.

O ambiente virtual, além de acabar com o constrangimento frente a vendedores, trouxe um leque maior de produtos à disposição, economia de tempo e até mesmo de dinheiro, uma vez que os preços do e-commerce são, geralmente, menores do que em lojas tradicionais. Além disso, esse tipo de serviço evita que as pessoas circulem pelas ruas e shoppings com sacolinhas de cuecas, propiciando que recebam os produtos em casa com segurança.

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